Indústria do ABC melhora índices de produção, investimentos e exportação, aponta Observatório Econômico
13/09/2022 17h35 - última modificação 22/09/2022 14h59
A produção industrial no Grande ABC vai deixando para trás a fase mais aguda da pandemia de Covid-19 e ampliou a Utilização da Capacidade Instalada (UCI), que registrou 71% em julho passado, ou 4 pontos percentuais acima do uso em julho de 2021. Isso, depois de acusar UCI de apenas 39% mensal no primeiro semestre de 2020.
As análises fazem parte da pesquisa de Sondagem Industrial-Índice de Confiança Empresarial da CNI-Fiesp, com recorte regional realizado pela Universidade Metodista de São Paulo. Os indicadores levam em conta avaliações que vão do pessimismo (de 0 a 50 pontos), indiferente (50) e cenário otimista (50 a 100 pontos). Esta é a 17ª edição do Boletim IndústriABC, realizado semestralmente.
Desde 2021, empresários industriais do ABC também apontam melhora na Intenção de Investimentos, assim como nas perspectivas de exportação. A Intenção de Investimento no ABC saiu de 62,5 pontos em janeiro de 2022 para 65,4 em julho. E a evolução da quantidade exportada chegou a 63 pontos em maio último, contra cenário pessimista de apenas 25 pontos há dois anos, ou seja, em maio de 2020.
Mais compras e empregos
Outras avaliações positivas da Sondagem Industrial-Índice de Confiança Empresarial no ABC estão nas perspectivas de evolução de compras de matéria-prima (59 pontos em maio último, contra 50 pontos em janeiro deste ano). “Isso se deve à necessidade de aumento da produção para atender às demandas interna e externa”, comenta professor Sando Maskio, coordenador de Estudos do Observatório Econômico da Metodista
Também houve evolução na expectativa do número de empregados (53,8 em maio contra 45 em janeiro deste ano). A sondagem em relação à evolução da demanda ficou estável (59 pontos em maio para 60 em janeiro).
Apesar disso, o quadro nacional ainda patina. A Pesquisa Mensal de Produção Física do IBGE aponta que a produção industrial se mostra cerca de 20 pontos percentuais abaixo do apresentado há uma década, isto é, nos anos de 2012 e 2013. O PIB brasileiro da indústria de transformação recuou 2,1% no primeiro semestre de 2022. A produção física industrial no geral baixou 2,8% no Brasil e 3,9% no Estado de São Paulo.
"A evolução do uso da capacidade instalada é importante indicador da trajetória do setor industrial, que no ABC paulista representa cerca de 20% da economia de forma direta. Contudo, o desempenho em nível nacional, retraído em 2021, acende a luz de alerta sobre os efeitos desse quadro na região", diz prof. Sandro.
Veja a íntegra do Boletim IndústriaABC 17 em https://bit.ly/3qpWul2
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Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 08/09/2022