Dia dos Pais 2022 vai movimentar R$ 68 milhões no ABC

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Os dois cenários, apesar de a data comemorativa não ter sido esquecida, representam comportamento de retração nos gastos. O giro financeiro significa um aumento nominal de 3,9% em relação aos R$ 73 milhões de 2021, mas, quando descontada a inflação de 11,8% dos 12 meses anteriores, há redução real de 7%. Já o valor do presente, comparado aos R$ 160 registrados no Dia dos Pais do ano passado, representa queda nominal de 7,5% e redução real de pouco mais de 17%.

“A persistente e significativa inflação na casa dos dois dígitos, somado à lenta recuperação da renda média e da ocupação, se destacam como principais fatores a influenciar negativamente o preço médio e os gastos programados para a data”, analisa professor Sandro Maskio, coordenador de Estudos do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, responsável pela PIC (Pesquisa de Intenção de Compras) dos Pais.

Com relação aos gastos planejados para a data (presentes, refeições, passeios), os entrevistados revelaram pretender desembolsar R$ 204. Em comparação com o ano passado, quando o gasto planejado foi de R$ 219, registra-se redução nominal de 6,8% e deflacionada, de 16,7%.

Homens gastam menos

Diferentemente das pesquisas anteriores, os homens demostraram menor propensão a gastar (R$ 174,70) em 2022, contra R$ 185 no ano passado. “A tendência declinante da trajetória deflacionada da movimentação comercial no Dia dos Pais reflete a queda do PIB e da renda per capita. Com menor geração de riqueza, menor capacidade de geração de emprego e de geração de renda, é menor o fluxo comercial observado”, acrescenta professor Maskio.

Dentre os presentes mais procurados, destacam-se vestuários (48,8%), que apesar da queda de participação retomaram o patamar de dois anos atrás, seguidos de perfumes e cosméticos (19,1%), cuja participação retomou o nível apresentado em 2019.  Estes dois itens, somados à cesta de café da manhã, representam cerca de 75% dos itens preferidos para presentear neste Dia dos Pais.

Com a retomada da circulação de pessoas após os últimos dois anos, os shoppings (37,1%) voltaram ao topo da lista de preferências como local de compra. Foram seguidos pelos canais digitais (internet/rede social, 36,2%) e o comércio do centro das cidades (17,2%).

Veja a íntegra da pesquisa em https://bit.ly/3Pkrnle