Problemas urbanos podem ser reduzidos com tecnologia, diz palestrante do Seminário EETI
17/05/2018 09h20 - última modificação 18/06/2018 17h56
84,3% dos brasileiros ocupam hoje 0,63% do território nacional. Até 2025, 85% da população da América Latina habitará em cidades. Mais de 70% dos habitantes da terra se concentrarão em áreas urbanas em 2050. O que essas três estatísticas têm em comum, além de indicarem a tendência da aglomeração de pessoas em espaços pequenos?
Indiretamente, os três dados apontam para a intensificação dos problemas urbanos já vivenciados há algumas décadas em grandes metrópoles. Para apresentar soluções a esses movimentos, na manhã de ontem (16) o Seminário EETI 2018 recebeu Nelson Gonçalves de Oliveira, sócio-fundador da Grande Porte Treinamentos em Informática, que ministrou a palestra “Smart Cities: a Internet das Coisas aplicada a uma sociedade inteligente e sustentável”.
Tecnologia como solução
Nelson apontou a tecnologia como um dos principais recursos para prevenir e atenuar adversidades dos ambientes urbanos, a exemplo do excesso de trânsito, esgotamento de recursos naturais e violência. “É nas cidades que estão os serviços e toda a infraestrutura que precisamos. Mas as cidades têm muitos problemas. E qual é a solução? Tornar as cidades inteligentes. Colocar mais equipamentos, sensores e gerar dados que nos ajudem a viver melhor”, indicou.
O palestrante também apontou a tendência natural de fusão entre o mundo físico e o digital, por meio de dispositivos que se comunicam e são capazes de coletar e transmitir dados. Essa rede de objetos conectados é conhecida como Internet das Coisas (IoT).
Sistemas de segurança conectados a dispositivos eletrônicos, sensores de presença que acendem lâmpadas, ligam eletrodomésticos e abrem cortinas em horários pré-determinados são alguns dos recursos mais conhecidos nesse meio, geralmente voltado ao contexto doméstico. O desafio agora é expandir esses recursos para a vivência das cidades.
Ao longo da palestra foram apresentados diversos exemplos de aplicação da IoT, alguns já utilizados em São Paulo, como aplicativos colaborativos que monitoram o trânsito e pontos de violência. "Não tem como fugir: é o futuro. Precisamos pensar na computação na cidade. Já começamos a ver pontos de ônibus inteligentes, iluminação inteligente e até tentativas de projetos para montar smart cities", disse o palestrante.
Confira algumas fotos da palestra: