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Checkup é importante para quem vai iniciar ou já pratica algum tipo de exercício

Avaliações feitas pelo Núcleo de Referência em Esporte, Exercício Físico e Saúde se diferenciam pela devolutiva integrada; elaboração de retorno conjunto favorece adoção de estratégia mais adequada a cada indivíduo

25/06/2015 17h15

Não foi para estudar que a aluna do curso de Direito Alessandra Sanches Kafka passou uma manhã toda na Metodista. Há um ano praticando natação, ela veio até a Policlínica realizar uma das avaliações físicas do Núcleo de Referência em Esporte, Exercício Físico e Saúde (NEFE).

Logo cedo, ainda em jejum, ela fez diversos exames laboratoriais. Em seguida, após um café da manhã oferecido pela equipe, Alessandra passou por entrevista com o médico e conversou individualmente com profissionais de Nutrição, Psicologia, Fisioterapia e Educação Física.

“Nunca tinha feito uma avaliação integral. Quero ver os resultados para saber qual será o próximo passo. Tenho uma capacidade corporal e quero ver o que preciso fazer para desenvolver”, comenta a aluna. Alessandra conta ainda que se tudo der certo, vai participar de competições. “Porque a gente precisa ter um objetivo para não ficar só no ‘vai e vem’ na piscina”, diz.

Ao contrário da estudante, a maioria das pessoas não passa por uma avaliação, embora seja algo recomendado por profissionais da área da saúde, em especial àqueles que vão iniciar atividades físicas regulares.

E é justamente este o papel do NEFE. Nutricionista ligada a área esportiva, a professora Sueli Longo afirma que é preciso partir do pressuposto de que um checkup é necessário para compreender a saúde do indivíduo de modo que o exercício físico traga benefícios. Marcelo Spínola, médico fisiologista, concorda. “Existem algumas situações clínicas que, em se fazendo exercício, essas pioram. Por exemplo, a pessoa tem pressão alta e não sabe e é na hora da avaliação que descobre.  Nós acabamos encaminhando para o cardiologista. O exercício físico na pressão alta piora se a pessoa não estiver tomando remédio. É um risco para ela”.

Marcelo cita ainda o caso de uma curvatura anormal da coluna, como uma escoliose, que pode ser agravada. “Quando a pessoa vai fazer avaliação conosco, com o educador físico, com o fisioterapeuta, nós olhamos a coluna dela. Colocamos num aparelho e olhamos se a coluna está retificada ou não. Se não estiver, nós precisamos propor exercícios para melhorar. Se não, ele começa a fazer musculação e isso vai piorar”.

Multidisciplinar, a equipe verifica quais os objetivos e as condições físicas, emocionais e psicológicas da pessoa interessada em iniciar alguma atividade. O retorno ocorre num prazo de 15 dias, sendo esta etapa o diferencial do trabalho desenvolvido pela Universidade. “A devolutiva é construída em conjunto para discutir a melhor alternativa para o indivíduo na sequência. Quando todo mundo fala a seu respeito, sob o ponto de vista da saúde, você vê coisas que sozinho não enxerga”, destaca Sueli.

Como exemplo, a professora cita o teste de imagem corporal feito com a psicóloga. Somada à avaliação de composição corporal da Educação Física, é possível identificar a existência de algum desvio de imagem corporal. Isto significaria que a pessoa tem uma visão não compatível com a realidade, podendo haver interferências na alimentação e no treino. A consequência, segundo a nutricionista, seria o estabelecimento de metas inatingíveis, colocadas pela mídia, quando já se chegou àquele ideal. Com a avaliação, isso fica claro e “a pessoa sai daqui com outro foco, com um novo caminho a trilhar”.

Avaliações e acompanhamento

O NEFE realiza três tipos de avaliação: Básica – destinada a quem irá iniciar uma atividade física; Intermediária – para aqueles que já fazem algum treinamento; e Completa – voltada para quem faz exercícios físicos há algum tempo ou que visa a profissionalização e o rendimento esportivo.

Além do perfil do indivíduo, o que também diferencia cada uma delas é o tipo de exame a ser feito: eletrocardiograma, ergométrico ou ergoespirométrico, no qual é verificada a capacidade de captação do oxigênio pelo organismo para produção de energia no músculo.

O ideal é que após seis meses todo o processo seja refeito. “Uma avaliação não é estanque. Quando ela ocorre, existe uma intervenção, sendo necessária uma reavaliação para identificar se o treinamento permanece o mesmo ou se há necessidade de mudanças, seja no treinamento, alimentação, fisioterapia e assim sucessivamente”, explica a professora Sueli Longo.

Agendamentos

Para marcar um horário, os interessados devem entrar em contato pelo telefone (11) 4366-5565 ou pessoalmente. O Núcleo de Referência em Esporte, Exercício Físico e Saúde da Policlínica Metodista fica na Rua Planalto, 106, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo. Horário de atendimento: de 2ª a 6ª feira, das 7 às 22 horas, e aos sábados, das 7 às 13 horas.

Esta matéria foi publicada no Jornal da Metodista.
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