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Tema Central

Relações Públicas e Opinião Pública em tempos de efervescência na relação política-religião

A cada processo eleitoral somos confrontados pelas mídias com pesquisas de opinião voltadas tanto para medir a capacidade de voto dos candidatos quanto para sondar reações a temas presentes em campanhas ou pautados pelos próprios agentes midiáticos. É inevitável que a divulgação das pesquisas gere críticas que não são novas no tocante a essa prática de "medir opinião": é mesmo a opinião dos eleitores? A amostra é representativa? As questões não são indutivas? Um dos mais destacados críticos às formas de medição de opinião pública na forma de sondagens dessa natureza é o sociólogo Pierre Bourdieu, que conclui um dos seus textos sobre o tema intitulado "A opinião pública não existe" com a frase: "O que digo é apenas que a opinião pública na acepção que é implicitamente admitida pelos que fazem pesquisas de opinião ou utilizam seus resultados, esta opinião não existe" (In: Questões de sociologia. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1983, p. 173-182).

Fato é que este tipo de pesquisa está consolidado e não só é promovido pelos candidatos como instrumento de campanha, e pelas mídias, para atrair audiência/leitores ou mesmo como instrumento político, como também é aguardado pelo próprio público, seja por interesse no debate que provoca, seja por curiosidade, seja até mesmo como orientação para o voto (útil). E diretamente envolvidos neste processo estão os profissionais da comunicação, entre eles os Relações Públicas vinculados a candidatos, às empresas de mídia ou a organizações diversas. A esses profissionais interessa, de forma intensa, a opinião pública e a opinião de públicos específicos para as quais estão voltadas campanhas eleitorais ou pautas eleitorais.

E à nona edição da Conferência Brasileira de Comunicação Eclesial, Eclesiocom, interessa particularmente a relação desta dinâmica com a religião, mais particularmente com as igrejas, que têm assumido um papel destacado em processos eleitorais nos últimos pleitos, como formadoras de opinião. A Eclesiocom 2014, com a ajuda de pesquisadores e pessoas que têm reflexão voltada para a temática, vai tentar responder? como as igrejas têm exercido o papel de formadoras de opinião nos últimos pleitos eleitorais? Qual o lugar das mídias religiosas neste processo? Como o profissional de Relações Públicas pode contribuir para relações eficazes na intersecção política-religião?

Conferencistas
Profa. Glaucya Stela Candido Tavares:
Mestre em Comunicação, docente das Faculdades Paulus de Comunicação, superintendente de Relações Públicas da Fundação João Paulo II (Sistema Canção Nova de Comunicação).   

Profa. Magali do Nascimento Cunha:
Doutora em Ciências da Comunicação, docente do Programa de Pós-Graduação da Universidade Metodista de São Paulo, coordenadora da Eclesiocom.

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