Sustentabilidade exige olhar integrado e práticas além das aparências, defende urbanista

21/02/2022 15h15 - última modificação 21/02/2022 15h14

A exemplo de uma cidade gerida sob múltiplos olhares – urbanismo, saúde pública, ecologia urbana, engenharia de tráfego etc -, ao meio ambiente também é imprescindível ter uma visão integrada da realidade. “Precisamos deixar o olhar fragmentado, ir além das aparências e agir de forma transdisciplinar”, afirma o arquiteto, urbanista e professor Rodrigo Sêga a respeito do que se fala e do que se pratica em relação à sustentabilidade do planeta.

Trata-se de um conceito cunhado como walk the talk (andar de acordo com o que se fala). Apesar de todos concordarem sobre os danos provocados pelo atual modelo econômico de produção-consumo-venda em excesso, está difícil reverter a exploração ilimitada dos recursos da natureza e problemas sociais como a fome, que atinge 700 milhões de pessoas no mundo. “Por que nossas práticas não resolvem essas equações?”, questionou Rodrigo Sêga, mestre e doutorando do tema, que falou sobre Sustentabilidade, Além das Aparências na aula magna do curso de Gestão Ambiental EAD na noite de 17 de fevereiro.

O especialista advertiu que é preciso ressignificar o estilo de vida dos mais de 7 bilhões de moradores da Terra, sob pena de tornar irreversível o esgotamento dos recursos naturais para a próxima geração. Por isso conclamou governantes e população a ter olhar crítico sobre a complexa dimensão econômica, social e ambiental em que vivemos e ir além de ações superficiais que nada mudam o atual cenário.

Dentre o que chamou de um olhar transdisciplinar e integrado da realidade ambiental, enumerou o deep ecology entre os conceitos para reduzir o impacto da pegada humana sobre o meio ambiente. Trata-se de reconhecer que todos os seres são importantes para o equilíbrio da biosfera do planeta, e não só os humanos, daí a necessidade de se pensar de forma integrada. Outro conceito é o da economia ecológica, pelo qual todos os ativos (seres e atitudes) devem ser inseridos no cálculo da economia.

Acompanhe a íntegra da palestra, que teve mediação da coordenadora do curso de Gestão Ambiental a Distância da Universidade Metodista de São Paulo, prof. Tassiane Boreli Pinato.

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