EAD é o caminho para atender ao crescimento da educação superior, aponta Conferência Global
05/05/2016 14h35 - última modificação 06/05/2016 15h03
O forte crescimento previsto para matrículas na educação superior em todo o mundo, especialmente em países em desenvolvimento como África do Sul, Brasil, China e Índia, foi um dos pontos centrais tratados na 7ª Conferência Global de Educação Privada (IFC 7th Global Private Education Conference), realizada entre 25 e 27 de abril último em Hong Kong, China. A previsão é dobrar a população universitária mundial em 15 anos.
“A Educação a Distância é apontada como principal caminho para atender a essa demanda crescente de matrículas”, afirma professor Luciano Sathler, diretor nacional de EAD da Educação Metodista, convidado a participar do evento.
Outra preocupação colocada em pauta é a urgência de formar mais professores para a educação básica, aos quais também deve ser garantida a possibilidade de educação continuada para melhorarem a performance. Calcula-se que há uma carência de 15 milhões de educadores e de mais 50 milhões com formação adequada para atuarem.
A Conferência Global de Educação Privada, cujo tema desta edição foi Business Partnerships in Education – Impact and Sustainability (Parcerias de Negócios em Educação - Impacto e Sustentabilidade), é realizada a cada dois anos pela International Finance Corporation (IFC) e é itinerante. Este ano reuniu 460 líderes educacionais de todo o mundo. Organização vinculada ao Banco Mundial, a IFC é responsável por financiamentos junto ao setor privado que tenham ênfase em questões relacionadas ao desenvolvimento humano.
Segundo professor Luciano Sathler, também foi debatida a necessidade de garantir acesso igualitário para meninas à educação. “Os números iniciais apontam mais de 40 milhões de crianças e adolescentes impedidas de frequentar a escola por sexismo”, surpreendeu-se, acrescentando outro ponto controverso surgido nas rodas de discussão: a falta de alinhamento entre as necessidades da sociedade e o tipo de formação ofertada pelas escolas e instituições de educação superior, com destaque para o pensamento crítico e as chamadas soft skills, ou seja competências socioemocionais.
A internacionalização é considerada condição fundamental à sobrevivência das escolas e instituições de educação superior, enquanto a adoção de tecnologias no contexto escolar e universitário é vista como premente para ampliação do acesso e melhoria de desempenho na aprendizagem.
Um dos destaques no evento foi o case da Uniminuto, universidade colombiana com oferta primordialmente de cursos na modalidade a distância.
Os recursos financeiros para a participação foram cobertos pela IFC.
Esta matéria foi publicada no Jornal da Metodista.
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