Autor e aluno de Teologia EAD incentiva a prática literária na formação infantil

31/10/2023 15h53

Os livros mudam a vida de várias pessoas, sejam crianças, jovens ou adultos. A sutileza e profundidade de algumas obras fazem com que muitos se identifiquem com a própria história ou conheçam novas perspectivas.   

Para Edwilson Andrade, professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental e aluno de Teologia da Educação a Distância Metodista no Polo Macaé, os livros retratam formas de disseminar valores e culturas. “O significado que possuem para mim é a oportunidade de transmitir conhecimentos e de demonstrar outros modos de ver, contribuindo para a formação por meio da afetividade, do respeito, da valorização de si mesmo e do outro”, aponta. 

Edwilson participou da organização do livro Mulheres do Brasil e foi autor do capítulo “Fezinha: Uma metodista na luta em favor pelos direitos humanos”, que fala sobre a trajetória de vida da teóloga metodista e coordenadora da Pastoral do Racismo na 1° Região Eclesiástica, Maria da Fé Silva Viana, inspirando-o a escrever o livro infantil As Marcas de Fezinha. 

“Inspirado na vida, no testemunho e trajetória dessa teóloga metodista e por acreditar que a literatura infantil tem papel fundamental na formação das crianças, é que apresento a história de uma menina negra que, desde os primeiros dias de vida, foi apelidada de Fezinha. Ela vai deixando sua marca na vida de tantas pessoas, ensinando-as que justiça, equidade, amor, cuidado, educação e respeito são direitos de toda gente”, explica. 

O aluno de Teologia EAD fala que um dos principais pontos da obra é sobre a representatividade, demonstrando que dentro da fé e religiosidade cristã as pessoas podem assumir suas identidades como sujeitos cristãos afro-brasileiros ou indígenas.  

“Maria da Fé, mais conhecida como Fezinha, é um exemplo no seu modo de vestir, no penteado dos cabelos, principalmente na desconstrução de ideias que demonizam o povo negro, seus costumes e tradições. As Marcas de Fezinha é dedicado a todas as crianças e adultos que têm clareza da sua identidade. Meu desejo é que esta história os inspire a deixarem marcas por onde forem”, pontua.  

Sobre sua parte favorita no livro, Edwilson Andrade destaca a que faz o leitor refletir sobre suas marcas. “Têm várias partes que gosto muito. Mas hoje vou compartilhar o seguinte trecho: ‘Quem nós somos deixa marcas. E não há como mudar. Mas, a marca de Fezinha está na força, na raça e na fé que a faz sonhar’. Apesar dessa parte revelar de alguma forma as marcas de Fezinha, ela também nos faz refletir sobre nossa identidade e a maneira como agimos e nos posicionamos na sociedade”.  

No início deste ano, Edwilson publicou o livro De Que Cor é a Minha Puri?”, uma história que surgiu a partir de conversa sobre diferenças com sua filha Irena, quando tinha apenas 5 anos. A história é sobre uma menina descendente do povo Purietnia indígena, natural do Sudeste brasileiro e que começa a perceber as diferentes características, começando pela cor da pele. 

“Minha parte favorita do livro é quando a menina responde ao questionamento do seu pai se a Puri não tem cor, afirmando que tem sim: “Eu sou da cor do angelim e até da sapucaia, mas poderia ser da cor do jatobá. Não importa se a pele é clara ou escura, o importante é valorizar que dentro de cada pessoa há uma história a se respeitar". Essa parte é emocionante por trazer à baila a conclusão da menina após seu pai ensinar uma lição valiosa sobre sua gente e sua cor, ao utilizar as sementes como instrumento de ação pedagógica na conscientização das diferenças”, contou o aluno da Metodista. 

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Saiba onde encontrar os livros: 

De que cor é a minha Puri?

As marcas de Fezinha

Mulheres do Brasil

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