Especialista em tecnologia elogia, mas faz ressalvas ao novo chatGPT em aula de Comunicação Digital EAD

14/02/2023 16h10 - última modificação 14/02/2023 16h47

Com 100 milhões de usuários em dois meses de lançamento, o que o torna o produto com mais rápida adesão em toda a história da humanidade, o chatGPT deve ser visto sob condições. As respostas e textos da plataforma, considerada uma nova fronteira de invenção, são limitados, inclusive sem estilo para quem busca conteúdo criativo. E não há qualquer compromisso com verdade e ética da informação.

“Se você fizer pergunta com algum viés ideológico, a plataforma não vai questionar juízo de valor na sua demanda. É uma ferramenta maravilhosa para pesquisa e interação, porém, por enquanto, não nos garante a verdade das informações. É uma máquina que captura e replica conteúdos da internet, que nem sempre são corretos”, alerta o consultor Paulo Silvestre, professor e palestrante de customer experience, mídia, transformação e cultura digital, que falou na aula magna do curso de Comunicação Digital e Redes Sociais EAD na noite de 13 de fevereiro último.

Isso não quer dizer abandonar os smartphones e todas as facilidades oferecidas pelo mundo digital, mas sim saber usar bem a plataforma a favor das necessidades de cada um. Silvestre citou como exemplo os professores, que temem perder a capacidade de avaliar os alunos a partir de trabalhos inteiros feitos pelo GPT. “Não adianta dar texto para fazer em casa. Tem que mudar a forma de ensinar em classe e de avaliar o que os alunos aprendem”, afirmou.

Uma das maiores disrupções

Paulo Silvestre trabalha com jornalismo digital desde 1995, quando participou da criação do primeiro site da Folha de S.Paulo na Internet. Fez parte do grupo pioneiro do UOL (Universo Online) e ajudou a trazer a AOL (America Online) ao Brasil em 1999, onde foi gerente de produtos. É um entusiasta da tecnologia. Ele historiou sobre as várias disrupturas ocorridas a partir do surgimento da internet, em 1994, e definiu o chatGPT como uma das maiores mudanças até agora, pois o uso de Inteligência Artificial (AI) o faz comunicar-se como se fosse humano. Além disso, seu acesso é gratuito, ou seja, é amplo e genérico.

GPT quer dizer Generative Pretrained Transformer. Segundo o próprio aplicativo, trata-se de uma linguagem treinada previamente em uma grande quantidade de textos retirados da internet, processados e transformados em linguagem natural. A ferramenta pode escrever contos, poesias, fazer traduções, letras de músicas e responder sobre cálculos matemáticos, com muitos prevendo que uma de suas principais utilizações será de clientes negociando com bots das de bancos em busca do melhor produto possível.

Acompanhe a íntegra da palestra, mediada pela coordenadora do curso, professora Tassiane Boreli Pinato.

Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 14/02/2023

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