Coleta seletiva só é eficaz se houver separação e todos participarem, orienta ambientalista

27/04/2023 15h23

Coleta seletiva não significa apenas recolher produtos reutilizáveis. É preciso separar cada qual conforme classificação em quatro categorias: orgânicos, perigosos, recicláveis e lixo comum. “É um trabalho de formiguinha, possível somente com a colaboração de todos. Para que funcione, todos precisamos estar envolvidos, ter consciência de que, se não souber usar, vai faltar”, advertiu a ambientalista Marilia Morando, que falou na aula magna do curso de Gestão Ambiental EAD sobre Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos.

Marilia destacou que a separação dos descartáveis é importante porque cada produto recebe tratamento de acordo com sua tipologia. Isso significa que quando há desagregação adequada é possível diminuir o impacto que esses produtos podem causar quando são lançados sem critérios na natureza.

Ela cita o exemplo dos resíduos perigosos, entre os quais estopa, pano, mangueira, papel, papelão e tudo o que estiver contaminado com óleo, graxa, solventes ou tintas. “É importante grande atenção para essa tipologia, pois este tipo de resíduo é capaz de contaminar o solo, os corpos hídricos e os lençóis freáticos, já que contêm produtos químicos na composição”, explicou aos alunos, acrescentando: “Resíduos perigosos devem ser bem acondicionados, pois em contato com a chuva, por exemplo, podem escorrer para o solo”.

2 milhões de pneus no mar

Marília Morando atua na área de mineração, com monitoramento de particulados e gerenciamento de resíduos sólidos. Ela disse que se envolveu com a causa ativista desde que em 1972, na Flórida (EUA), ocorreu experiência mal sucedida com a criação de um recife artificial para atrair novos peixes e reabitar uma faixa do mar. Foram jogados cerca de dois milhões de pneus amarrados com fios de nylon e aço, criando o Recife de Osbourne.

“Mas o peso dos pneus esmagou e sufocou os corais existentes e matou os que já estavam crescendo antes da ação. O pior é que é a que ali havia fortes correntes marítimas e tempestades que desprenderam os pneus. Imaginem o estrago”, contou.

Acompanhe a íntegra da aula magna das turmas de Gestão Ambiental EAD realizada na noite de 26 de abril último e intermediada pela coordenadora do curso, prof. Tassiane Boreli Pinato.

Texto: Malu Marcoccia
Última atualização: 27/04/2023

Esta matéria foi publicada no Jornal da Metodista.
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