No Brasil para visita à Metodista, professor português concede entrevista à Carta Capital sobre Fernando Pessoa
15/06/2016 09h25 - última modificação 08/07/2016 12h31
Em meio a visita que fez à Universidade Metodista de São Paulo entre o final de maio e o começo de junho, o professor português Fernando Carmino Marques ganhou destaque na revista Carta Capital. O docente concedeu entrevista à jornalista Rosane Pavam e falou sobre a obra e o legado do poeta Fernando Pessoa, tema de seu mais recente livro.
Em matéria batizada de “Uma ode à palavra”, o pesquisador abordou o trabalho que organiza e edita os manuscritos do teórico Pierre Hourcade sobre a obra de Fernando Pessoa para transformar no livro A Mais Incerta das Certezas – Itinerário Poético de Fernando Pessoa, lançado em Portugal pela editora Tinta da China e ainda sem previsão de edição no Brasil.
Marques conta que o livro é obra do acaso de ter encontrado junto à família de Hourcade manuscritos e cartas trocadas entre o poeta lusitano e o francês, primeiro tradutor e grande amigo do artista português. Por sete anos, o pesquisador organizou os papéis acumulados entre 1930 e 1983 para revelar e traduzir seu conteúdo.
O professor considera o estudo revolucionário pelo fato de Hourcade extrair o excesso interpretativo sobre a obra de Fernando Pessoa, o que o fez mergulhar na arte do português e focar suas análises na poesia. “Não se trata de um filósofo, romancista, contista. Mas de um gênio na poesia, e já chega”, sentenciou Fernando Carmino Marques, que defende seus conceitos fixados em torno da palavra.
A matéria também abordou também um dos aspectos mais presentes na obra pessoana e que foram evidenciados pelo livro. Marques revela que Fernando Pessoa nunca se deixa apreender facilmente, mas revela de modo silencioso a dor e o desalento de sua existência. “Teremos de ler nas entrelinhas o fio condutor dessa dor, nascida da desagregação de seu ser”, explicou o professor à revista.
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Confira também a entrevista concedida por Fernando Carmino Marques à CONTEC Brasil. Clique aqui para ler.