Professor Mateus Yuri fala sobre os trabalhos de alunos e discentes da Metodista aprovados pelo SBPJOr

Professor relata a importância de ter um trabalho aprovado pelo SBPJOr e explica quais os tipos de trabalhos que a associação aceita receber

18/10/2020 11h55 - última modificação 21/11/2020 12h19

Foto: Reprodução

Por – Daniel Valenciano Gimenes*

A Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) divulgou, no dia 21 de setembro deste ano, os trabalhos aprovados para o 18º SBPJor e para o 10º JPJor, que é o Encontro de Jovens Pesquisadores em Jornalismo. Mateus Yuri, professor da graduação e da pós-graduação da Universidade Metodista de São Paulo, contou sobre a importância de ter um trabalho aprovado pela SBPJor e quais foram os trabalhos da Metodista, tanto de alunos quanto de discentes, que foram aprovados.

Mateus Yuri explicou que a SBPJOr é uma das maiores sociedades de comunicação e que talvez seja a terceira maior, atrás da INTERCOM e da Compos. Esta associação foi fundada em 2003 (histórico de 17 anos) e se caracteriza por ser muito criteriosa na escolha dos trabalhos e por não ter divisões temáticas. As pessoas podem mandar os trabalhos individualmente para que sejam alocados por sessões de afinidade temática. “É interessante ver que os trabalhos não tenham direcionamento nem conjunto de possibilidades prévias para onde eles possam ser enviados”, disse Mateus.

Desde que o trabalho seja jornalístico, tanto docente como o discente pode escrever sobre o que quiser e ter o trabalho de pesquisa alocado em grupos de afinidade. Dentre estes grupos, existe o de Comunicações Coordenadas, no qual pesquisadores mandam propostas conjuntas, com 4 a 6 trabalhos integrados tematicamente (ex: estudo televisivo, mercado de trabalho dos jornalistas, estudos de narrativas, estudos de ciberjornalismo, observatórios de mídia/de imprensa, etc).

“O interessante é que essas coordenadas surgem por demanda, ou seja, um grupo manda o tema da pesquisa para ter a aprovação do congresso (podem ser temas emergentes, que serão publicados em apenas uma edição do congresso, e não ao longo das demais)”, declarou Mateus.

Qual é a importância de ter um trabalho aprovado pela SBPJOr?

Professor Yuri, questionado sobre a importância de ter um trabalho aprovado pela associação, lista dois pontos a serem levados em consideração. “Primeiro, a possibilidade de se participar de uma das maiores associações de comunicação e, segundo, participar de um congresso em que há essa fluidez, essa liberdade de proposição de trabalho, que não está condicionada às divisões temáticas que outros congressos têm”.

A SBPJor é o congresso de comunicação que mais permite a liberdade de trabalho de pesquisa para os pesquisadores. “Uma coisa interessante é que o SBPJOr tem as chamadas redes de pesquisa, que são criadas a partir de trabalhos de coordenadas que se mantém ao longo dos anos. Eu, por exemplo, faço parte da coordenação da rede de pesquisa e narrativas, que existe informalmente desde 2008”, relatou Mateus.

Esta coordenação da qual o professor faz parte surgiu na SBPJor, que foi organizada na Universidade Metodista de São Paulo, por meio de uma mesa de comunicações livres. “Nós fomos alocados para a mesma sessão, assim vimos que existia muita afinidade entre os trabalhos. Montamos um grupo para nos comunicarmos e começamos a propor coordenadas todos os anos e, com o passar do tempo, duas por ano. Assim, montamos uma rede de pesquisa que funciona fora do SBPJOr”, contou Mateus sobre sua coordenada.

Trabalhos de pessoas da metodista que foram aprovados:

Ao todo, foram nove trabalhos aprovados pelo SBPJOr. Segue lista abaixo:

JPJor (Graduação)

Análise de Comentários de Charges no Instagram da Folha de São Paulo - Gustavo Fonseca Laranjeira (Orientador: Mateus Yuri Passos)

Jornalismo e empresas de impacto social: Um estudo de caso sobre a influência de reportagens nos resultados da startup duLocal - Gabriela dos Santos Rodrigues (Orientador: Mateus Yuri Passos)

Midiatização da Lava-Jato - Denner Pacheco Cruz (Orientador: Dimas Antônio Künch)

A dualidade do trabalho autônomo no documentário “Estou Me Guardando Para Quando O Carnaval Chegar” - Matheus Batista Rodrigues (Orientador: Mateus Yuri Passos)

SBPJor - Comunicações Livres

Refutação automatizada de notícias falsas na pandemia: interações com o robô Fátima, da agência Aos Fatos - Ivan Paganotti (professor Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Metodista)

O caranguejo na pauta jornalística aracajuana: análise da cobertura do Festival do Caranguejo - Flávio Santana (mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Metodista)

Livros-testemunhas: uma leitura da obra de Svetlana Aleksiévitch enquanto uma “biblioteca de vozes” - Arthur Breccio Marchetto (doutorando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Metodista)

SBPJor - Comunicações Coordenadas

— 4o Painel IALJS/SBPJor-Renami de Jornalismo Literário (da Rede de Pesquisa Narrativas Midiáticas Contemporâneas)

Cães, ratos, urubus e outros bichos: uma visão compreensiva do perfil jornalístico - Renata Carraro (doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Metodista) e Dimas A. Künsch (professor dos cursos de graduação em Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Metodista)

— 5o Painel IALJS/SBPJor-Renami de Jornalismo Literário (da Rede de Pesquisa Narrativas Midiáticas Contemporâneas)

O close reading como metodologia de análise do jornalismo literário - Mateus Yuri Passos (professor dos cursos de graduação em Jornalismo e Letras e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Metodista)

*Daniel é estudante de jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo e estagiário da cátedra UNESCO/UMESP de Comunicação para o Desenvolvimento Regional.

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