Workshop aponta elementos essenciais para facilitação gráfica

25/11/2016 13h23

Luiza Lamas

                A facilitação gráfica é uma técnica de registro pouco conhecida. No workshop “Entendeu ou quer que eu desenhe? – Facilitação Gráfica”, ministrado pela jornalista e mestranda em Comunicação Social, Izabel Marques Méo, foi discutido o que é a facilitação gráfica e quais são os passos essenciais para que ela seja realizada da maneira certa. A apresentação ocorreu nesta segunda-feira, 21 de novembro, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

                Izabel, ao propor algumas atividades práticas para os participantes, definiu a facilitação gráfica como uma técnica que procura registrar informações em tempo real sobre algum acontecimento com o uso de desenhos, cores e palavras chave. “Geralmente, a facilitação gráfica é feita ao vivo enquanto alguém está dando um curso, uma palestra, um workshop ou uma reunião de uma empresa”. Izabel acrescentou que o facilitador gráfico tem que estar muito atento aos sentimentos de todos os presentes para tentar registrar ao máximo o que está acontecendo e como as pessoas estão reagindo ao ocorrido.

                Para realizar a facilitação gráfica, Izabel apontou oito passos essenciais que, se cumpridos, garantirão que os expectadores entendam da maneira correta o que quer ser transmitido: tipografia, cores, bullets, linhas, pessoas, flechas, faixas e formas e sombreamento. Esses passos também garantem que o facilitador não se perca na hora de desenhar e organizar as ideias.

                A tipografia que compõe a facilitação deve ser legível, mas ao mesmo tempo tem que permitir que o facilitador desenhe rápido para não perder nenhuma informação. As cores servem para destacar pontos principais e chamar a atenção. Os bullets, que podem ser traduzidos como tópicos, são sinais (pontos, estrelas, asteriscos) que constroem o código simbólico do painel de facilitação. Izabel recomendou o uso de apenas um ou dois bullets, para não confundir o expectador. Já as linhas, que podem ser grossas ou finas, ligam os conteúdos quando necessário, assim como as flechas, que guiam a atenção e dão movimento. Os desenhos de pessoas trazem emoção e dão vida ao trabalho por conta da identificação do público com a pessoa desenhada. As faixas e formas reúnem informações e devem ser usadas para destaque, por exemplo, em títulos. Por último, o sombreamento dá mais qualidade ao trabalho e é utilizado pelos grandes profissionais da área da facilitação gráfica.

                Por fim, Izabel explicou que um painel de facilitação gráfica pode ser feito em paredes, livros, cadernos ou até em vídeos. Ela também mostrou exemplos de facilitações gráficas feitas em vídeo que estão disponíveis no YouTube, como o “2 minutos para entender – Cultura do Estupro” da revista Superinteressante, e alguns livros interativos que estimulam a realização da arte ou do desenho, como os de colorir. 

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