Como fazer pesquisa na graduação e concorrer a bolsas de iniciação científica?
27/11/2012 15h37
Por Mônica Miliatti
Todo ano a Universidade Metodista de São Paulo disponibiliza 28 bolsas de estudo para o PIBIC (Programa Institucional de Bolsas para Iniciação Científica) para os alunos de graduação, logo no início das aulas. Mas o que poucos sabem é que o procedimento para inscrição e elaboração do projeto deveria começar nesta época do ano.
Para poder situar interessados em ingressar na área acadêmica/científica, o JBCC conversou com a professora do Póscom (Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social) Elizabeth Moraes, para esclarecer o processo, ainda pouco divulgado em algumas áreas da universidade.
É geralmente em março que o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), juntamente à Metodista, libera o edital para a inscrição da pesquisa em nível de graduação. O desenvolvimento do trabalho depende da escolha do foco de pesquisa do aluno, que de acordo com a professora Elizabeth, deve começar a ser desenvolvido, alguns meses antes.
O trabalho do aluno deve ser orientado por algum professor doutor da Faculdade de Comunicação que tenha um projeto de pesquisa reconhecido institucionalmente. Caso o professor escolhido na graduação não tenha ainda um projeto de pesquisa, o aluno deve se dirigir à coordenação do curso ao qual pertence, que o encaminhará para um docente do Póscom.
Todos os docentes permanentes do Póscom (a maioria também ministra aulas na graduação ou orienta TCCs) possuem projetos de pesquisa, uma vez que é uma exigência para atuação no programa.
Depois disso, o professor orientador acompanha o aluno na elaboração do projeto de pesquisa, que tem um formato previamente estabelecido, semelhante aos demais. Feito o projeto, há prazos para entrega, que devem ocorrer nas datas divulgadas no site da Metodista. Por isso, é preciso começar o projeto antes, assim é possível fazer um bom trabalho. Após a inscrição do trabalho, é só aguardar o resultado.
Uma boa alternativa é conversar com quem já fez projetos de iniciação científica, certamente a experiência tanto de orientadores quanto de orientandos ajuda bastante, assim como a conversa com os coordenadores dos cursos também auxilia.
Entretanto, são poucos os alunos de comunicação que procuram iniciar o estudo científico ainda na graduação. De acordo com Elizabeth, a procura pelo ambiente acadêmico aumenta depois de formados, mas essa não é uma deficiência da universidade. “Temos formado bons pesquisadores. Não penso que haja deficiência alguma nos cursos de graduação, eles cumprem com eficiência o seu papel. Temos pecado é no contato entre graduação e pós-graduação, principalmente na busca desses eventuais candidatos à pesquisa de iniciação científica”.
A professora acredita que é preciso encontrar uma maneira para o aluno ser informado adequadamente sobre a possibilidade de seguir um rumo diferente com uma carreira acadêmica e científica, ou ainda associar a carreira docente a sua profissão no mercado. Isso ajuda a ter uma postura mais crítica e diferenciada na profissão. “A iniciação científica busca o aluno questionador, aquele não se satisfaz em percorrer o caminho traçado pelo seu professor, mas que quer investigar suas próprias dúvidas e formular novas perguntas, mudando o cenário no qual está inserido”.
As bolsas oferecidas no programa são de R$400 e o programa de pesquisa tem duração de um ano.
Serviço:
Para mais informações acesse o edital PIBIC ou entre em contato com a secretária de coordenação da FAC (Faculdade de Comunicação) <faccomunicacao@metodista.br>