Mulheres opinam sobre as transformações que a pandemia causará na sociedade global

21/07/2020 17h51

João Gabriel Fiasche

É inegável que a pandemia da COVID-19 trará ao mundo diversas transformações. Com milhões de pessoas ao redor do planeta cumprindo o isolamento social, já é possível perceber algumas mudanças na maneira como vivemos.

Além de se destacarem na linha de frente do combate ao novo coronavírus, as mulheres estão sendo duramente atingidas pelas crises social e econômica. Mas infelizmente suas vozes não estão  sendo suficientemente ouvidas no debate público sobre as transformações causadas pela COVID-19 na sociedade.

Como forma de incentivar e promover a igualdade de gênero, O Correio da Unesco convidou mulheres para opinarem sobre como será o mundo após a pandemia. Cientistas políticas, jornalistas, sociólogas, pesquisadoras, escritoras e professoras falaram sobre o futuro dos museus e das escolas, além dos desafios da pesquisa científica e dos problemas causados pela desinformação.

Katerina Markelova chamou atenção sobre o impacto da COVID-19 na educação. Mais de 1,5 bilhão de crianças e jovens foram afetados pelo fechamento das escolas, o que corresponde a cerca de 90% dos estudantes do mundo todo. A situação se agrava pelo fato de que mais da metade da população mundial não está conectada à internet, o que impossibilita para muitos estudantes o acesso às aulas online.

A jornalista e pesquisadora Dionna Dramé escreveu sobre como a desinformação tem prejudicado o combate ao coronavírus, com a proliferação de teorias da conspiração envolvendo a doença, além das inúmeras receitas e medicações amplamente divulgadas nas redes como “cura para o COVID”, sem qualquer comprovação científica. “Para combater as notícias falsas, é necessário utilizar os mesmos canais que as divulgam e alimentam. Na África e em outros lugares, também é preciso estimular o pensamento crítico dos cidadãos sobre as informações que recebem”.

Sally Tallant, presidente e diretora executiva do Museu do Queens, em Nova York, explicou como a relação da sociedade com a arte e a cultura está sendo redefinida e abordou o debate entre os líderes culturais sobre formas de incentivar a população a visitar museus após o período da pandemia. “Os grandes museus, que dependem do turismo e dos valores cobrados pela entrada, precisarão modificar seus modelos. Os pequenos museus terão vantagem; somos flexíveis, acostumados a trabalhar com orçamentos pequenos e mais sintonizados com as necessidades de nossos vizinhos e comunidades”.

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