Dilema habitacional #02 Remoção

Entrevista aborda a remoção de famílias de ocupações

30/05/2018 14h05 - última modificação 05/07/2018 14h25

Igor Neves

Dando continuidade às discussões sobre a crise da habitação no Brasil, que ganharam fôlego depois do desabamento do prédio do Largo do Paissandu, o segundo vídeo da série Dilema Habitacional aborda a remoção das famílias dessas ocupações.

A engenheira ambiental Talita Gonsales, que também é pesquisadora do Laboratório de Pesquisa Territorial da Universidade Federal do ABC (UFABC), critica a pressão para o esvaziamento de outras ocupações na região alegando que as opções paras as famílias não são suficientes para resolver a situação. “Isso, na realidade, vai agravar ainda mais o problema, porque não tem nenhuma alternativa de atendimento para essas famílias, sobretudo uma alternativa de atendimento definitiva, porque o bolsa aluguel é uma alternativa temporária, que faz que o problema se agrave ainda mais”.

A pesquisadora questiona as violações de direitos da população nos casos de remoção e como eles são excluídos desse processo. “Às vezes elas são avisadas no mesmo dia em que elas têm que deixar suas casas no final do dia.”

Gonsales ainda atenta para famílias que, pela insuficiência das políticas públicas, se encontram na condição de transitoriedade permanente, que é a impossibilidade de fixação em um local específico já que essas pessoas transitam sempre entre áreas de risco.

Veja a entrevista completa no link abaixo:

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