Cátedra Unesco promove Workshop sobre Música Popular e Mídia

29/09/2017 13h10

Foto: Pedro Zuccolotto

Vittória Cataldo

Nesta quinta-feira, 28 de setembro, a Cátedra Unesco/Metodista promoveu o Workshop UNESCOM “Música Popular e mídia: disco, rádio e audiovisual”, ministrado por Herom Vargas, docente pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

O evento ocorreu na sala C-113 do edifício Capa, com a presença de 25 pessoas e teve por objetivo discutir a relação entre a comunicação e a Música Popular Brasileira.

De acordo com Herom, a música não é um objeto muito comum e tem uma linguagem muito especifica. “Não a linguagem em si, mas a linguagem dentro da comunicação no mundo das mídias, como a TV, o Rádio e a Propaganda. As camisetas podem ser consideradas mídias, pois podem transmitir uma mensagem, assim como as tatuagens. Nesse sentido, a música também pode estar em vários lugares e se relacionar em determinados meios”, declarou.  

Ele explicou que linguagem da canção é dividida em quatro partes: o som\música, a letra, a performance e as relações e interdependência entre essas três dimensões. “Como som, podemos entender a melodia, harmonia, o ritmo e a voz. A letra é a poesia; o canto, a voz e a sua entonação; a performance é o desempenho do cantor, o corpo e a dança, como Michael Jackson e seu corpo dançante”, esclareceu.

Herom comentou que é importante pensar onde está a música, a maneira que ela circula e como a escutamos, já que a Música Popular não tem apenas um estilo. “Cada estilo traduz algo diferente. Quem escuta forró busca algo que não encontra no rock”, exemplificou.

Ele ressaltou que as mídias de gravação e de divulgação (disco, rádio, cinema, TV) estabilizam os gêneros, e o gênero de uma canção gravada é como o rótulo de mercadoria. Sendo assim, “temos as lógicas mercadológicas de produção e consumo musicais conforme os gêneros. Por exemplo, as embalagens de disco, as famosas ‘capas’”, explicou.

Herom disse que é necessário observar como as pessoas ouvem as canções, pois cada uma possui um repertório e uma construção cultural diferente. Dessa forma, as maneiras de escutar tornam-se distintas. Segundo ele, as músicas podem ser ouvidas de forma atenta, superficial, experimental e até mesmo corporal.

No final do Workshop, ele deu exemplos de gêneros musicais para os participantes ouvirem e perceberem as diferenças nos ritmos, instrumentos, letra das músicas, tons e toques e abriu um debate sobre a temática.

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