Cátedra Unesco é destaque em Colóquio de Pesquisa da UMESP
26/05/2017 09h52
Pedro Zuccolotto
Realizado na tarde do dia 15 de maio, o Colóquio de Pesquisa 2017 do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo apresentou dois trabalhos do Programa de Pós-Doutoramento das Cátedras Unesco/UMESP e Gestão de Cidades.
O primeiro tema apresentado foi “Teorias da Comunicação Comunitária – Faces e Interfaces nas comunidades contemporâneas”, desenvolvido por Orlando Maurício de Carvalho Berti e orientado pela Profa. Dra. Cicilia Peruzzo. O trabalho teve um enfoque na realidade brasileira e teve o objetivo de propor uma teoria da Comunicação Comunitária no sentido de trazer elementos para as faces e interfaces.
Orlando refletiu sobre as questões contemporâneas das teorias da comunicação comunitária e procurou debater as dúvidas que permeiam as teorias do campo comunicacional comunitário brasileiro, destacando quais os papeis teóricos nas construções comunicacionais do século XXI. Sua conclusão é de que a comunidade é extremamente mutável e, com o auxílio de tecnologias atuais da informação e comunicação, o diálogo entre comunidade e comunicação se altera. Ao mesmo tempo em que há uma extrema conexão com o mundo, não há uma conexão forte com o mundo comunitário. Mais do que nunca, é necessária uma comunicação que parta e se destine à comunidade, sugere o pesquisador.
O segundo trabalho foi “Propostas de emancipação cidadã. Experiências do agir local e social a partir das memórias autobiográficas de Gandhi, Luther King Jr. e Mandela”, por Ingrid Gomes. Ela propõe analisar a narrativa local e social desses três autores considerados grandes marcos na história e valorizar ativistas inspiradores e mensurar verdades necessárias.
Ingrid apresentou a vida dessas três personalidades e suas obras autobiográficas. Através do estudo de diversos autores, Ingrid pôde desenvolver sua tese de que precisamos ter, em nossa sociedade, uma dinâmica cooperativa mais latente, devido à complexidade extrema em que vivemos. “Somos, de certa forma, analfabetos afetivamente”, ela acredita. É necessário promover uma discussão que leve ao caminho da não violência.