Sustentabilidade: tema importante a ser priorizado pelas organizações
29/10/2015 20h15
Jenifer de Sousa Fernandes
Uma empresa para ser sustentável, não pode pensar somente no lado ambiental, já que toda a sociedade deve cuidar dos recursos naturais hoje para que as gerações futuras também desfrutem dos mesmos recursos que temos. Ela vai além, podendo ser pensada através de três pilares: no âmbito ambiental, econômico e social, o chamado Triple Bottom Line (Tripé da Sustentabilidade).
A sustentabilidade deveria estar presente nas estratégias das organizações, devido a sua importância, mas não é assim que acontece. Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral em 2012 citada por Vanessa Gomes Cabral, Consultora na Difere Comunicação e Sustentabilidade, grande parte das empresas entendem a importância da sustentabilidade, mas ainda sentem dificuldade para incorporar estratégias que envolvam os aspectos econômicos e ambientais. Além disso, a maioria das empresas apenas se engaja em criar ações de sustentabilidade e não chegam a revolucionar e transformar a sociedade onde vivem.
Para Vanessa, profissional de Relações Públicas que trabalha há nove anos com Sustentabilidade, essa área tem mercado de sobra para os RPs. Além disso, Vanessa considera quatro passos para as organizações atingirem a sustentabilidade: “Identificar seus públicos estratégicos, manter um relacionamento com esses públicos, monitorar temas críticos que possam arruinar a reputação e causar crises e promover a transparência das informações, gerando confiança e credibilidade. Esses quatro passos compõem o que eu chamo de pilares das Relações Públicas, relacionamento e engajamento, monitoramento de riscos, gestão da imagem e reputação e garantia da transparência“.
Os RPs podem atuar dentro de uma empresa na área de Sustentabilidade nas relações com investidores, comunidade local, gestão de fornecedores, em fundações empresariais, além dos colaboradores e consumidores.
As características essenciais para esses profissionais segundo Vanessa, “são o grande senso de ética e de interdependência, trabalhar com técnicas de cocriação e de compartilhamento e ter a geração de valor como meta de vida. Só é bom para você quando é bom para todos. Os relações-públicas que atuam com sustentabilidade devem seguir mais a escola de administração do que a da comunicação”, finaliza.