O crescimento das OSCIPs no ambiente empresarial
29/10/2014 20h27
João Gonçalves
Tafnes Almeida
Vivemos numa época onde a sustentabilidade é pilar de empresas e governos. As pessoas estão cada vez mais engajadas em causas sociais, econômicas e ambientais. Com isso, cresce o apoio às Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), nomenclatura dada pelo governo para as já conhecidas ONGs.
Acontece que essas organizações voltadas para a sustentabilidade têm chamado bastante atenção das grandes corporações e grupos empresariais, levando-as até a instituir OSCIPs, como é o caso da indústria química alemã BASF e da produtora nacional de celulose Suzano.
O Instituto Akatu, focado no consumo consciente, recebe apoio de diversas organizações de peso do setor privado como a Coca-Cola, Walmart, Unilever, Braskem, Santander, entre muitas outras.
Para Waverli Matarazzo, coordenadora do Núcleo de Sustentabilidade da UMESP, as empresas focam mais na redução dos impactos socioambientais enquanto as OSCIPs se somam a esses esforços. “Depende de como a empresa olha pra essa OSCIP. Acho que o papel importante da OSCIP seria refletir sobre formas sustentáveis e não paliativas”, afirma a coordenadora.
Os institutos têm maior independência do que fundações criadas por empresas e, com isso, conseguem ter uma atuação mais eficiente, como é o caso do Instituto Ethos cujos estudos servem de base para valores e práticas empresariais.
Meras ferramentas de marketing verde ou instituições idôneas, as OSCIPs transformaram-se em stakeholders e parceiras junto às grandes corporações.