Gravidez no período acadêmico: é possível continuar os estudos?
23/09/2016 21h39
Heloisa de Oliveira
Izabela Fernandes
Foto: Heloisa de Oliveira
As atribuições da mulher moderna multiplicaram-se, hoje ela é a profissional renomada no mercado de trabalho, a aluna da faculdade, a dona de casa, a mãe e esposa. Ela valoriza suas conquistas profissionais e pessoais. Consegue maiores possibilidades de escolha e maior poder de decisão, porém, há algo sobre o qual ela não tem o total controle, que é a gravidez indesejada.
A maioria das jovens que estão em formação acadêmica superior, se depara com a realidade de aprender a lidar com uma gravidez indesejada. Algumas abrem mão de sua carreira para dedicar-se exclusivamente aos filhos, mas há aquelas que acreditam no potencial de conseguir administrar.
A ex-estudante formada em dança, Mayara Rocha, relata que passou por uma gravidez indesejada durante os estudos: “Não foi uma gravidez planejada, muito pelo contrário, foi completamente um susto e pegou a todos de surpresa”. Ela chegou a pensar em parar os estudos.
Mayara conta que teve apoio dos professores, mas não por parte da própria faculdade, porque a maioria das suas aulas eram práticas e ela não podia realizar pelo menos 90% das atividades habituais e extras.
Além das dificuldades do cotidiano na vivência de criar e educar engana-se quem acha que ser mãe é um conto de fadas. Ser mãe é difícil, especialmente para as que conciliam estudo e trabalho Ela conta ainda que antes os custos com os estudos eram facilmente administrados e que hoje em dia o pai da criança arca com os custos básicos.
A ex-estudante diz que essa gravidez mudou sua vida e que hoje os planos são todos pensados para ela e a filha. “De primeira pensei em desistir dos estudos. Mas quando percebi que eu era mãe, decidi continuar por ela, e percebi que eu poderia fazer muito mais por nós duas. E quando você passa a vida inteira pensando só em você, faz plano e tem sonhos baseados nesse pensamento, e em um segundo você percebe que agora pensa, sonha, e vive por dois. É uma mudança e tanto!“, finaliza Mayara.