Como um refugiado se desenvolve profissionalmente
28/10/2016 21h20
Bruna Machado
Samara Yuri
Foto: divulgação
O processo de adaptação em um outro país as vezes pode ser um período árduo. Porém, para o refugiado da África do Sul, Zaki (nome fictício) que veio para o Brasil este ano, 2016, ele não encontrou dificuldades em se acostumar com a cultura brasileira.
O mesmo foi expulso de seu país de origem por questões religiosas e políticas. Em nosso cotidiano é difícil de imaginar tal realidade, mas esse é um caso verídico que acontece com várias pessoas e na maioria das vezes africanas. Mas mesmo com todos esses conflitos ele não desanimou em ir em busca de algo melhor, mesmo deixando para trás sua família.
Ao longo desse ano vivendo no Brasil, ele relata que seu único desafio foi a língua portuguesa, a qual não tem fluência, e os temperos das comidas que são muito diferentes. Não encontrou dificuldades nenhuma em interagir ou expressar sua opinião, sendo sempre bem acolhido.
Com fluência em inglês e francês contou que obteve ajuda de colegas para elaborar um currículo e se recolocar no mercado de trabalho.
Atualmente encontra-se legalizado, com o registro nacional de estrangeiro e CPF, que ele conseguiu com o apoio de uma organização para refugiados e não precisa mais ficar se escondendo, pois antes já havia passado por outros países. Porém ainda não encontrou a paz, pois é procurado pelo seu país de origem.
Ser refugiado não inibiu o seu sucesso profissional. Sendo graduado em economia e estatística, mestre em economia e finanças internacional e com MBA em finanças e com experiência em grandes empresas, uma delas como gerente financeiro, nosso entrevistado encontra-se realizado como analista de dados em TI em uma das maiores organizações do segmento no Brasil.
Essa é mais uma história de vida e superação de um refugiado que não se deixou abater pelos contratempos da vida.