A verdadeira imagem positiva
29/10/2014 21h07
Ana Flávia Oliveira
Gabriel Marques
Atualmente, grande parte das empresas preza pela boa reputação, uma das formas mais utilizadas é demonstrar aos públicos sua “pegada sustentável”, que nada mais é do que atribuir a sua imagem a qualidade de uma organização consciente com o meio ambiente e que visa proteger e minimizar os danos causados a ele seja por meio de medidas de produções de forma diferenciada, com menos agressão ambiental, seja através de medidas como o reflorestamento, ou com programas socioambientais com a sociedade em que a organização está inserida.
Essas atitudes são excelentes para a imagem de uma organização, pois, quando reconhecidas, podem receber certificações como ISOs 14000 e 14001, que autenticam o esforço de uma empresa em restaurar o meio ambiente ou reduzir seu impacto a ele. Como consequência disso, as organizações acabam por destacar-se das demais, uma vez que os públicos têm preferência por uma empresa que se mostra sustentável.
Mas não é bem assim que funciona. Nesta corrida por certificações e reconhecimentos, muitas empresas fazem o impossível para conseguir este objetivo, visando não a “pegada sustentável”, mas sim o destaque no mercado. Tais medidas deixam de ser fidedignas à causa e passam a perder o propósito, uma vez que a intenção não é verdadeiramente proteger o meio ambiente, mas apenas melhorar a sua imagem, acarretando em descuido com as medidas socioambientais.
“Cada vez se torna mais difícil conscientizar as corporações que a real preocupação deve sim ser o meio ambiente, a comunidade em seu entorno e o bem estar comum. O reconhecimento vem espontaneamente a partir de um trabalho bem planejado e executado”, diz Claudia Gisele, coordenadora de projetos da Prefeitura de Santo André.
As organizações precisam entender e pautar suas ações de forma sustentáveis, visando os resultados financeiros sem perder de vista que agir de forma sustentável é o futuro, seja porque as questões climáticas exigirão, seja porque sociedade está a cada dia mais exigente e atenta às empresas que não visam o futuro.
As empresas que não enxergarem isso passarão por sérias dificuldades em seus mercados e resultados, podendo enfrentar crises intensas e até mesmo a falência.