Descarte incorreto de lixo eletrônico pode causar danos ao meio ambiente
12/09/2011 14h23 - última modificação 08/08/2014 10h25
Amanda Cristine dos Santos
Victor Kikuchi
Com as frequentes inovações tecnológicas os aparelhos eletrônicos são substituídos por outros mais modernos com muito mais velocidade. Os aparelhos “antigos” tornam-se resíduos eletrônicos e grande parcela da população não sabe o que fazer com estes materiais, descartando-os, na maioria das vezes, em locais impróprios.
Pensando nisso, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) criou um programa para receber estes “lixos” e reciclá-los de maneira correta, sem prejudicar o meio ambiente. A Associação existe desde 1976, mas o programa para este tipo de material surgiu em 2011, e desde então já recolheu mais de 240 mil toneladas de equipamentos. São 14 postos na capital e na região metropolitana de São Paulo.
Estes tipos de produtos contem substâncias tóxicas em sua composição, como chumbo, cádmio, mercúrio, berílio, etc. Se depositados em qualquer local e sem os cuidados específicos, podem causar sérios danos ao meio ambiente, como a contaminação dos lençóis freáticos e, eventualmente, à saúde da população que vive nas proximidades.
Além disto, estes equipamentos são compostos por grande quantidade de plástico, vidros e metais, materiais que levam muito tempo para se decomporem no solo.
Das cidades do ABC somente São Bernardo possui uma associação que faz este trabalho: a Ecoponto. O trabalho de coleta e reciclagem é feito por jovens de cooperativas e então têm seu destino no lugar apropriado de descarte. Alguns ainda podem ser reaproveitados, pois muitas vezes os aparelhos ainda estão em bom estado.