VIRAIS SÃO FEBRE NA INTERNET
12/09/2011 14h23 - última modificação 08/08/2014 10h25
Lígia Vacilotto
Kerena Neves
Ana Carolina Dias
As empresas atuais visam fazer parte de qualquer maneira do mundo digital e para isso tentam criar virais. Esse tipo de comunicação poucas vezes dá certo, justamente pelo fato de que eles não podem ser criados, eles simplesmente acontecem. “Não se trata de uma escolha do produtor da comunicação, no sentido de ser ‘viral’ desde sua origem, porque depende da receptividade, interesse e participação de outros”, explica Rodrigo Cogo profissional de Relações Públicas e gerenciador do blog ‘Mundo RP’.
O universo da publicidade na Internet facilitou ainda mais o aparecimento e sucesso dos virais. Os conteúdos que têm potencialidade de viralização ganham nas redes sociais grandes aliados para sua disseminação. Sendo assim, as organizações em geral perceberam neles uma fórmula quase mágica de auto-promoção. Para isso, elas utilizam do chamado “Marketing Viral” para estimular as pessoas a repassarem mensagens, textos e principalmente vídeos por meio das redes sociais. O objetivo é reforçar a marca ou torná-la conhecida e fazer com que ela vire notícia.
Mas é difícil fazer um viral, pois os usuários da Internet recebem diariamente uma quantidade enorme de informações sobre diversos temas e assuntos. Segundo Cogo, o produtor da comunicação pode apresentar uma tendência a viralização, com humor ou fatos inusitados, universalidade temática, facilidade de entendimento, mas jamais pode garantir a reação do público.
A “Pôneis Malditos” da Nissan é um exemplo de campanha de sucesso e que pode ser usada como exemplo de um viral que deu certo. O vídeo, lançado em 2011, atingiu mais de cinco milhões de visualizações no YouTube em uma semana e ficou entre as primeiras posições do TopTrends, no Twitter durante dois dias inteiros.
Nos últimos meses, a população acompanhou um outro viral, dessa vez promovido pela Nokia, intitulado “Perdi meu amor na Balada. O caso desagradou e levou a empresa a questionamentos do Conselho Nacional de Auto-regulamentarão Publicitária (Conar) e da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Muitos profissionais afirmaram que a empresa queria apenas buzz e que havia conseguido. A Nokia talvez tenha conseguido o que queria, porém, a imagem da empresa sofreu um impacto negativo: no final da ação, a sua Fanpage perdeu 3mil de seus 100 mil likes.