Cresce a presença do Compliance nas empresas
12/09/2011 14h23 - última modificação 08/08/2014 10h25
Carolina Lobo, Luciana Torres, Marcel Accioli
Foto: arquivo pessoal
O departamento de Compliance está se tornando cada vez mais presente nas grandes corporações. Sua função é assegurar a ética e a boa conduta da empresa e seus funcionários evitando deslizes morais. A partir de campanhas internas e processos rígidos essas empresas asseguram a transparência de suas ações.
No Brasil a Controladoria Geral da União (CGU) é o órgão responsável em assegurar à ética, principalmente nos cargos públicos, mas agora estendeu sua participação ao mundo corporativo, concedendo o selo pró-ética para as empresas que alcançarem seus requesitos. O selo foi criado para constituir uma espécie de “lista branca”, contrapondo-se à publicação da lista negra, cujas empresas estão impedidas de participar de licitações públicas por inidoneidade. Em seu primeiro ano 28 empresas se cadastraram, apenas 12 atenderam aos seus requisitos e apenas quatro receberam o selo.
Uma das empresas contempladas com o selo foi a Siemens. O coordenador de comunicação, Paulo Souza, foi entrevistado e explicou que também atua como um facilitador entre o departamento de Compliance da empresa e os funcionários do seu setor. Cada setor tem um funcionário que está ligado à área de Compliance da empresa e é responsável por implantar projetos e dar suporte aos colegas de seu departamento. Para ele, “A partir de um fato negativo ocorrido na Alemanha a Siemens reverteu sua situação e implantou um sistema de compliance que é exemplo mundial”. Muitas empresas acabam adotando o programa de compliance como estratégia após ter seu nome envolvido em fraudes. Mostrando o trabalho que estão fazendo, criam as chamadas “reservas de confiança”, assim mesmo surgindo boatos que envolvam o nome da empresa as pessoas acabam averiguando as informações antes de confiar no que ouviram.
Boa imagem no mercado, valores e visão também estão, cada vez mais, chamando a atenção de quem procura emprego. É tendência entre os novos talentos à busca por empresas que tenham valores e clima organizacional semelhante aos seus. “Quem é mais novo está preocupado com duas áreas: ética e sustentabilidade. As empresas estão no mercado, então quem tem essas áreas desenvolvidas chama mais a atenção desse público, afirma Paulo.