Os profissionais de comunicação em instituições financeiras
23/09/2016 20h22
Bruna Lee
Carolina Araújo de Assis
Foto: Carolina Assis
Quando a maioria das pessoas pensa em instituições financeiras, imagina números, cálculos e dinheiro, muito dinheiro. Todos sabem o poder dos grandes centros bancários e o sonho de muitas pessoas é trabalhar em um deles. Sabemos bem a importância dos profissionais de administração, contabilidade, economia, gestão financeira e até mesmo de engenheiros nesse tipo de segmento. A questão é: onde entra a comunicação, nisso tudo?
Segundo Priscila Pastenes Palmas Otsuki, assistente comercial do Itaú Personnalité há oito anos e formada em Publicidade e Propaganda, com pós-graduação em Marketing, “a comunicação começa muito antes da abertura de uma conta, por exemplo. Assim como qualquer segmento do mercado, as instituições financeiras possuem uma árdua concorrência entre si. Vemos na TV, internet e nas mídias sociais inúmeras propagandas que envolvem muito mais do que dinheiro e o simples atendimento que bastava no passado: as pessoas não querem alguém que apenas administre seus recursos, os clientes precisam de um relacionamento intenso e querem se sentir especiais”.
Os profissionais de comunicação são responsáveis por toda a criatividade que impacta na prospecção de clientes, por exemplo. Afinal, uma pessoa que está na dúvida, vai pesquisar, assistir propagandas, acessar os sites e, sem dúvida, escolher o banco mais criativo, que mais chama a atenção e o envolve.
O processo não para por aí. Escolhida a instituição, ou até em uma simples visita ao banco, o cliente conhecerá todo um script, um portfólio do segmento dependendo do caso e, quem sabe, uma revista institucional exposta na recepção. Acreditem, tudo isso existe porque profissionais de comunicação pesquisaram seus públicos, planejaram e escreveram textos persuasivos que servem de base para profissionais das áreas citadas acima.
Questionada sobre qual contribuição um profissional de comunicação pode oferecer às instituições financeiras, Priscila foi incisiva: "Esse tipo de profissional é bem articulado, antenado e o mundo exige isso das pessoas. É uma pessoa que tem um networking bacana e não tem dificuldade em se comunicar, seja lá de que forma for. O banco precisa de pessoas que conheçam pessoas, porque o que faz o nosso negócio é o cliente”.
Há sim espaço para diversas áreas atuarem no segmento financeiro. Mas, assim como em qualquer outra área, as funções exigem que as pessoas se atualizem o tempo todo, sejam maleáveis, resilientes e empáticas com seus públicos. Afinal, com tanta concorrência, se destaca apenas aquele que oferece algo diferente, pois as pessoas cansaram do básico bem feito. E, sem dúvidas, para criar e planejar alternativas de mudança, nada melhor do que um profissional de comunicação.