A marca na pele ainda é um obstáculo no mercado de trabalho?
06/09/2017 21h39
Kelly Montela possui várias experiências na área da saúde e atualmente trabalha na área administrativa de um laboratório de medicina diagnóstica
Gabriel Vasconcellos
Nathalia Rodrigues
Foto: Arquivo pessoal
Atualmente, somos avaliados em diferentes ambientes e por diversos aspectos. Nossas atitudes, gestos e principalmente a aparência são rapidamente analisadas e tomadas como base para pré-conceitos. Em entrevistas de emprego e no mercado de trabalho, esse fenômeno não é diferente.
As tatuagens possuem os mais diversos significados e valores, e atualmente é vista como liberdade de expressão, mas que por um bom tempo foi associada a aspectos negativos e de pouca aceitação por pessoas e ambientes mais conservadores. Essa associação tem acompanhando gerações, mas o uso de tatuagens está cada vez mais popular e este cenário ganhou uma drástica mudança, já que nos dias de hoje é um modo de expressar sua identidade e individualidade.
No mercado de trabalho este fator também vem mudando. Empresas do setor jurídico, administrativo e até mesmo de perfis mais tradicionais, vem adotando aos poucos uma transformação em sua cultura organizacional e se moldando a favor do respeito às diferenças.
Na área da saúde, um dos setores que ainda sofrem bastante restrição ao tema, é onde Kelly Montela de 31 anos trabalha e alega estar percebendo grande evolução: “Vejo vários profissionais com tatuagens onde trabalho e não há problema algum”, mas ressalta também que tatuaria mais o seu corpo se o preconceito fosse menor.
Já na nova geração, a estudante de administração Beatriz Dantas de 19 anos, é aprendiz do Banco Itaú e relata ter sentido receio ao fazer uma tatuagem por conta do mercado de trabalho, pois em sua opinião muitas empresas veem as tatuagens como algo desrespeitoso. A jovem possui 3 tatuagens e acredita que as empresas estão aceitando melhor o uso, desde que não estejam em partes muito visíveis do corpo.