Profissionais de Artes Cênicas enfrentam desafios
28/10/2016 19h07
Mariana Mod, bacharel em Artes Cênicas
Danilo Silva Barros
Foto: arquivo pessoal
Há uma época na vida em que muitos adolescentes que estão encerrando o ensino médio se veem pressionados pela sociedade e pela própria família a decidir qual curso prestar no ensino superior e em qual Universidade cursar. Direito? Administração? Medicina? Engenharia? São questões frequentes enfrentadas por jovens.
E quando nenhum desses cursos é a opção? Mariana Mod, bacharel em Artes Cênicas pela Escola Superior de Artes Célia Helena desde 2012 disse que para ela esse foi o desafio encarado quando decidiu seguir a área de Artes Cênicas: “o primeiro desafio foi comigo mesma. Estava no ensino médio e meus amigos iam fazer medicina, administração, direito e só eu era a estranha da turma. Demorei para aceitar que eu era diferente das pessoas com quem eu sempre convivi”.
Como qualquer outra área de trabalho, muitos jovens quando acabam a faculdade se perguntam qual o próximo passo a tomar e onde se encaixar no mercado. Segundo Mariana, o maior desafio encarado por todo profissional recém formado é: onde eu me encaixo nesse cenário?
Ela relata como um grande desafio para os profissionais de Artes Cênicas a pouca valorização em nosso país e as opções de trabalho reduzidas, o que dificulta encontrar trabalhos ou projetos em que realmente pode-se confiar e que irá proporcionar uma vida financeira instável para a pessoa.
Outro desafio encarado pelos profissionais é a falta de incentivo financeiro e até mesmo emocional. Quando ela decidiu cursar Artes Cênicas a aceitação de seu pai foi outro desafio vivido: “foi complicada a aceitação do meu pai, pois ele esperava que eu escolhesse uma carreira mais comum”. Com a mãe conseguiu resolver essa questão com facilidade.
Muitos jovens pensam em cursar Artes Cênicas porém com tantos obstáculos enfrentados acabam abandonando seu sonho e objetivo de vida. Deve-se apoiar mais a todos que sonham com cursos não tão habituais, afim de que esses jovens não se frustrem.
