Marketing Político Digital é destaque nas eleições
08/10/2014 20h21
Mayara Bittencourt
Lucas Conchão
Foto: Lucas Conchão
O marketing político digital é a união das ações de marketing online com as ações de marketing político tradicional. Essa forma de promover um partido ou um candidato já é uma realidade na política brasileira, principalmente com a popularização do acesso à internet e o uso das redes sociais como forma de debate, pesquisa e esclarecimento. Facebook e Twitter, por exemplo, se tornaram verdadeiros formadores de opinião, sendo agora quase que obrigatória a implementação de uma campanha de marketing elaborada especialmente para essas plataformas.
O trabalho na web deve ser constante, segundo Glauco Lima, sócio diretor executivo da Ideario Brasil, empresa especializada em comunicação política e eleitoral, as “redes sociais são redes onde o candidato e o partido precisam estar presentes o tempo todo, durante e depois das eleições. Eles precisam estar dialogando, produzindo conteúdo, repercutindo a comunidade, divulgando seus feitos, respondendo ataques, críticas, reconhecendo falhas e defeitos”.
O grande diferencial de uma campanha online nas mídias sociais é que ao apresentar as propostas e planos de governo, a equipe do candidato deve estar preparada para o feedback em tempo real, diferente da TV ou outros veículos de comunicação, em que você só informa, mas não se comunica com o público-alvo.
Com essa nova forma de fazer política também nasce um novo eleitor. Hoje, ele não espera as informações chegarem até ele e sim busca conteúdos realmente relevantes para a decisão do seu voto, por isso o estudo prévio do público e planejamento voltado para esse tipo de campanha é essencial. De acordo com Lima, “o participante dessas redes tende a ser muito crítico e desconfiado, por isso é preciso conhecer a linguagem e o ambiente para ser percebido com o mínimo de credibilidade”.
O marketing digital é mais uma ferramenta num mix de comunicação que envolve desde a mobilização com reuniões e caminhadas até a propaganda no rádio e na televisão. “Saber montar esse mix de acordo com o eleitorado, os adversários, a conjuntura, os recursos financeiros, o território geográfico e as propostas de campanha, é a grande arte”, conclui Glauco.