Criatividade: habilidade reprimida desde a infância
04/10/2017 19h37
Ligia Baruque, publicitária e pós-graduada em Comunicação Empresarial
Beatriz Gomes
Juliana Prates
Foto: Arquivo Pessoal
O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e em meio a esse cenário, muito se fala em criatividade. Em vários seguimentos, ela pode ser um diferencial que determinará o sucesso de uma carreira.
No entanto, muitos profissionais têm dificuldade em propor ideias inovadoras, sentindo medo de serem reprimidos por gestores ou líderes. Esse pode ser um problema iniciado na infância que acarreta vários problemas para a vida adulta.
De acordo com Ligia Baruque, publicitária e pós graduada em Comunicação Empresarial, “uma criança de cinco anos, pinta uma árvore, em seu desenho de vermelho e é feliz com aquilo, até chegar aos dez e pintá-la de verde e marrom, com medo dos julgamentos e dos que todos consideram certo. Ela perdeu aí 70% de sua capacidade criativa, e nunca se sente feliz com seu resultado”.
Muitos adultos ensinam as crianças a serem cautelosas e a não falhar nunca, bloqueando aos poucos a habilidade criativa. Muitas vezes isso se inicia em casa, com respostas adultas prontas e racionais demais para as crianças. Educar os filhso é importante, no entanto é fundamental ficar atento para não reprimir a capacidade criativa que eles têm. Na escola a realidade não é muito diferente, os alunos aprendem a se encaixar em um sistema já formatado, seguindo padrões já estipulados.
No entanto, nunca é tarde para tentar ser uma pessoa mais criativa e para isso existem alguns fatores de estímulo, como ler livros, jornais e revistas, descansar o corpo e a mente, fugir um pouco da rotina, com um passeio ou viagem, buscar novos conhecimentos, valorizar suas próprias ideias e fazer a mesma coisa de forma diferente.
Para Ligia “a criatividade é uma ação em busca de uma solução perante uma adversidade. Isso só se aprende vivendo”. Por isso, segundo ela, é necessário evitar os fatores que podem, aos poucos, bloquear a criatividade, como pensar demais nos julgamentos alheios, a aceleração diária e a falta de tempo.
