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Cresce a caracterização de personagens em festas infantis

O setor vem encantando adultos e crianças, trazendo a magia para a vida real

07/10/2016 20h41

Karoline (esq.) e Katia (dir.), como as irmãs Ana e Elsa da animação Frozen

Iris Mariano
Foto: Arquivo pessoal 


                Quanto custa realizar o sonho de seu filho em ter seus personagens preferidos na sua festa de aniversário? Hoje em dia, a realização deste sonho é mais simples do que parece. Realizar o sonho das crianças de conhecer, brincar e passar um tempo perto de seus personagens preferidos virou tendência no mercado de entretenimento.

                “Encantamos adultos e crianças e conseguimos traze-los para perto de nós. Ser um personagem é uma responsabilidade enorme, por isso, procuramos sempre ultrapassar as expectativas. A satisfação pessoal é quase indescritível, todo o amor que recebemos é inexplicável! Temos o privilégio de fazer parte de momentos únicos de famílias que não conhecemos e somos sempre acolhidos. Ficamos tão ligadas às pessoas e, principalmente, às crianças, que isso nos alimenta de uma forma leve e sempre nos deixa com saudade de quem conhecemos”, relatam Katia e Karoline Lima da Costa, que passam grande parte de seus dias dedicando seu tempo a tornar essa experiência real.

A caracterização de personagens em festas infantis é um mercado que tem crescido muito nos últimos anos. Esse tipo de trabalho existe há mais de dez anos, embora tenha se iniciado com o público alvo de classe A+ e A. De um tempo pra cá, a caracterização vem se popularizando e, com isso, outros públicos passaram a buscar esse tipo de experiência para suas festas, com o objetivo principal de encantar seus filhos e convidados. Com esse crescimento, a quantidade de empresas e atores que prestam este serviço começou a crescer, já que a demanda tem sido cada vez maior.

                O crescimento dessa tendência trouxe também dificuldades para quem ganha a vida com caracterização de personagens. O não reconhecimento do trabalho profissional é a maior delas, segundo a atriz Katia Lima da Costa, de 25 anos: “Como qualquer outro serviço, temos nosso valor, mas muitos contratantes não estão dispostos a pagar, principalmente depois de ter gasto com decoração, comida etc.  Também não temos reconhecimento pelo trabalho artístico, onde 80% é a caracterização e a interpretação de qualidade e o restante a manutenção de figurino, peruca e gastos com maquiagem”. Além disso, a popularização do serviço traz prestadores de baixa qualidade que cobram preços muito inferiores, o que prejudica os profissionais de qualidade.

As irmãs, Katia, 25 anos, e Karoline Lima da Costa, 21 anos, montam suas personagens praticamente sozinhas. Compram os tecidos e, com a ajuda da mãe, fazem seus próprios figurinos. As perucas são compradas pela internet e estilizadas por elas. “A maquiagem também somos nós mesmas que fazemos, cada uma faz a sua. Seguimos um padrão para cada personagem.  Mesmo sendo um trabalho manual, que necessita de muito cuidado e dedicação, a satisfação que isso traz vale a pena ao final de cada festa, e é isso que torna esse trabalho tão especial”, contam as irmãs.

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