Como é trabalhar com tecnologia da informação sendo mulher
27/09/2017 23h00
Amanda Romero
Karina Guillen
Foto: Divulgação
O setor da tecnologia foi, por muitos anos, uma área extremamente difícil para as mulheres. Não por falta de interesse ou de entendimento, e sim pelo preconceito. Felizmente, hoje temos cargos importantíssimos em grandes empresas ocupados por mulheres. Organizações como Google, Facebook, Apple e IBM contam com mulheres em cargos de diretoria de operações, gerência de vendas e até mesmo na presidência.
Há 25 anos, Paula Maria (52) trabalha como administradora de banco de dados no SESI (Serviço Social da Indústria). Ela diz que já passou por momentos em que se sentiu inferior e até mesmo foi realocada de sua função simplesmente porque seus superiores acreditavam que o perfil não era de uma mulher. Para eles, homens alcançam resultados mais facilmente. Entretanto, comentou que, hoje em dia, o número de mulheres na diretoria subiu muito em relação aos últimos anos.
Mesmo com os avanços, muitas mulheres ainda se sentem deslocadas ou inseguras quanto à carreira que decidiram trilhar. Segundo pesquisa realizada pelo Gizmodo, 79% das alunas dos cursos relacionados à Tecnologia da Informação desistem no primeiro ano. Sendo que, nesses cursos, apenas 15,53% dos alunos são mulheres, segundo o MEC.
Muitas ONGs estão batalhando para reverter esse cenário, como a PrograMaria, que promove oportunidades na área. A ONG americana Iridescent, leva o programa Technovation a muitos países, formando times de meninas de 10 a 18 anos que trabalham com mentores para desenvolver aplicativos que solucionem problemas sociais. Com isso, muitas meninas tem a chance de se desenvolver no segmento da tecnologia.