Ciência Sem Fronteiras: um aprendizado para a vida
05/11/2014 19h54
Brenda Luppi
Natalia Rufino
Há muito tempo, os jovens brasileiros tem sonhado em estudar fora do país, seja para aprimorar uma segunda língua ou o seu currículo; conhecer novas culturas ou amadurecer novas responsabilidades. Esse desejo tem se tornado em realidade para muitos, tanto por agências de viagens quanto por programas do governo que abrem portas para estudantes da área de Ciências estudarem nas universidades de outros países como Alemanha, Holanda, Estados Unidos e Portugal.
Iniciado em 2001, os Ciências sem Fronteiras prevê a distribuição de 101 mil bolsas a interessados que se encaixem nos perfis das faculdades estrangeiras e com bom desempenho dentro do Brasil, para vivenciar a inovação e diferentes tecnologias que acercam as pesquisas e produções no mundo.
Para conseguir essa bolsa, onde há o benefício de passagem, hospedagem e despesas, o aluno precisa enfrentar algumas burocracias dentro da universidade brasileira assim como na estrangeira. “Então, como eu fui no segundo edital do Ciências Sem Fronteiras para a Alemanha, a burocracia não foi grande e comprovante de proficiência não era alto. O problema maior foi ser aprovado na minha universidade do Brasil para poder me candidatar a uma bolsa. Primeiramente tive que passar por uma seleção interna na universidade brasileira. Se você for aprovado nela e tiver o nível na língua exigida, tudo se torna mais fácil”, disse Pedro Vinhal, estudante de Engenharia Química que cursou um período da faculdade na Alemanha.
Porém, vale a pena encarar essa burocracia, pois o crescimento pessoal e profissional se torna um diferencial perante os outros candidatos no mundo corporativo, pois há a necessidade de se adaptar em novas regras e se obtém mais responsabilidade. Pedro contou que “no que se diz respeito ao aprendizado profissional, aprendi a trabalhar em um ambiente internacional e seguir as normas alemãs. No pessoal, consigo lidar e me adaptar a diferentes situações, culturas e lugares e a nunca desistir dos meus sonhos”.
O estudante acredita que as oportunidades serão melhores no mercado de trabalho, podendo ingressar em uma empresa de renome e que consiga colocar em prática o que aprendeu no intercâmbio.