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A importância da boa gestão nas empresas familiares

Saber separar a relação pessoal da profissional é o primeiro passo para garantir o sucesso

22/10/2015 19h48

As irmãs Cleuza, Sônia, Sueli e Marli comemoram aniversário de 23 anos da empresa. Foto: Arquivo Pessoal

Carla Ornelas
Maria Luiza Fischer

No Brasil, cerca de 90% dos negócios são empresas familiares, segundo dados do Sebrae e do IBGE. O mesmo estudo, porém, afirma que apenas 30% das empresas familiares sobrevivem após a primeira transição entre gerações, e esse número cai para 5% quando há passagem para uma terceira geração.

Isso porque com o passar dos anos e o crescimento do negócio, cria-se uma verdadeira confusão entre as relações profissionais e familiares, surgindo conflitos, que, quase sempre, terminam com a falência da empresa. Essas confusões e conflitos muitas vezes são motivados pelos membros da empresa que não conseguem distinguir casa de escritório.

Empresas com este perfil podem cair muito rápido como podem obter um crescimento significativo. As que não conseguem atingir o topo são aquelas que as decisões são quase sempre passionais, pois estão contaminadas por emoções. As que alcançam o sucesso são aquelas que distribuem os cargos mais altos do negócio para aqueles que têm o melhor desempenho, ou seja, por puro mérito.

Mas as empresas familiares também têm suas vantagens. Elas levam uma série de interações específicas da família, provocando particularidades na atuação na empresa, tornando-a diferente das demais. Tem uma organização interna leal e dedicada, muitas vezes tem uma sensibilidade em relação ao bem-estar dos empregados e da comunidade onde atua e tem uma equipe interessada e unida.

Segundo Sueli Souza, uma das donas da empresa Companhia de Moda, junto com suas 4 irmãs “são 23 anos de muita luta, altos e baixos e alguns conflitos, afinal todo ser humano tem falha, por mais que toda família se de bem, existem os problemas, principalmente trabalhando juntos. Mas muitas vezes temos que relevar, parar, conversar, porque afinal de contas somos uma empresa, e acima de tudo, uma família”.

Para ter um desempenho eficaz elas devem separar os bens da família dos ativos da empresa, contratar alguém por suas habilidades complementares e não por ser parente e conseguir ver que discussões de trabalho são só no escritório e discussões familiares são só em casa.

Essas condições servem para qualquer empresa que quer garantir seu espaço no mercado de trabalho. As organizações precisam de um planejamento inicial, uma gestão baseada em regras, princípios e técnicas que possam ser seguidos por todos. Só assim ela se libertará da personalidade do seu fundador e das influências familiares, fortalecerá seus controles internos e crescerá com suas próprias pernas.

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