A dificuldade em reingressar no mercado de trabalho brasileiro
22/11/2017 18h48
Karina Guillen
Foto: arquivo pessoal
Muitos jovens acreditam que estudar no exterior trará vantagens na hora de conquistar espaço no mercado de trabalho. Além de aprender um novo idioma e conviver com uma cultura diferente, quem realiza um intercâmbio desenvolve algumas habilidades, como comprometimento, independência e ainda aprende a resolver sozinho, os problemas que surgirem. Essas características ajudam em uma entrevista, mostrando que o profissional é capaz de analisar melhor uma situação e assim tomar decisões assertivas.
Kauê Cruz, 27 anos, Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade do Estado da Califórnia (CSUN – California State University), hoje é trainee na área de desenvolvimento de negócios da empresa Sem Parar e diz o porquê da escolha em estudar fora do país. “Eu queria novas experiências multiculturais e também queria enriquecer meu currículo com boas experiências em instituições estrangeiras”.
Além de novas oportunidades e conhecimentos, o jovem estudante que opta por um intercâmbio, assume estar fora do mercado brasileiro por meses, ou até mesmo anos. “Como eu fiquei fora do mercado por dois anos, fiquei defasado em experiência profissional em relação aos meus amigos que se formaram comigo. Alinhando isso com a crise que o Brasil está, fiquei quase um ano e meio procurando me recolocar no mercado”, diz Kauê.
Para tomar a decisão de morar ou estudar fora, é preciso dar uma atenção especial ao fato de que para as empresas brasileiras essa opção pode ser vista tanto como um diferencial, como algo negativo, pois o profissional pode não apresentar muitas experiências na área e perder o timing de soluções e inovações.