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A crise não acontece só nas empresas

A sociedade desconhece o relações públicas, e nós precisamos agir

28/10/2016 19h17

Tamires Paezani, formada em RP pela Universidade de São Paulo

Débora Amorim
Marcus Nogueira
Foto: acervo pessoal

Os profissionais de relações públicas estão bem acostumados com as caras de dúvida que surgem em seus amigos e familiares quando o assunto é a atividade que exercem. “As pessoas não fazem a menor ideia do escopo de atuação do profissional de RP”, diz Tamires Paezani, formada em RP pela Universidade de São Paulo.

O fato é que a profissão de relações públicas vem se mostrando de extrema importância para as empresas nos dias de hoje. É praticamente impossível alcançar o sucesso sem um profissional da área caminhando junto com a organização. A atividade teve seu início nos Estados Unidos, e já completou 100 anos de existência em território brasileiro. Em 1967, a profissão foi regulamentada no Brasil, aumentando sua relevância ao longo dos anos e se tornando indispensável.

Porém, mesmo com certo tempo de atuação no Brasil, a atividade ainda causa dúvidas para a população em geral. O que e como faz? E qual é a diferença que ela traz às empresas no mundo corporativo? Esses são questionamentos recorrentes entre as pessoas que não estão familiarizadas com a profissão.

Raquel de Oliveira, estudante de Letras pela Universidade de São Paulo, conta que teve o primeiro contato com a profissão depois que sua irmã iniciou os estudos no curso de RP, mas ainda sim, teve dificuldades em entender do que se tratava: “a única pista que tinha era o próprio nome relações públicas que implica em relacionar-se com o público. Pela semelhança com o nome, eu imaginava que podia ter algo a ver com políticas públicas”.

Além dos questionamentos vindos de pessoas mais próximas, os profissionais de RP também precisam enfrentar parte do mercado de trabalho que ainda desconhece a profissão. “Para mim o maior absurdo é ver anúncios de vagas de empregos cujas atribuições são 100% relações públicas, mas cujas candidaturas são restritas a profissionais de outras áreas, como administração, jornalismo e publicidade e propaganda”, acrescenta Tamires Paezani.

Mas, apesar das dificuldades, nem tudo está perdido. Ao mesmo tempo que temos o poder de melhorar a reputação de uma empresa, também temos a habilidade de clarear a imagem da atividade de RP perante o mundo.  Após o contato com a área de relações públicas, Raquel diz que pôde entender a força da profissão: “percebi que a presença de um RP pode melhorar muito a perspectiva e as representações que o grupo (empresa, igreja, escola etc.) tem sobre si mesmo e sobre coisas externas. Ajuda muito na harmonização das relações”.

Portanto, a solução não está nas mãos dos que desconhecem a profissão, mas sim nas dos próprios RPs. “Penso que o maior desafio é mobilizar-se, tanto individualmente quanto coletivamente, para esclarecer, de maneira eficaz e eficiente, sobre a relevância do RP para organizações e até pessoas”, completa Tamires.

Quando uma empresa tem a sua imagem manchada ou enfrenta uma crise de identidade, os profissionais de relações públicas são acionados. Agora é a vez de turbinarmos a reputação da nossa amada profissão. Está na hora de vestirmos a camisa e usarmos a nossa visão estratégica para mudar a forma como as relações públicas são vistas, e assim, conquistar o nosso espaço no mundo. 

 

 

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