Professor da Metodista analisa relação entre empregabilidade e Ensino Superior
02/12/2019 12h55 - última modificação 02/12/2019 15h30
Um mercado de trabalho rigoroso e com baixo padrão de reconhecimento e remuneração. Segundo o diretor de Graduação da Universidade Metodista de São Paulo, Sérgio Tavares, o cenário da empregabilidade no Brasil exige cada vez mais e remunera cada vez menos. O docente palestrou em evento organizado pela Diretoria de Educação a Distância em parceria com o polo Rudge Ramos na noite de 27 de novembro, em aula transmitida para todos os polos EAD do País.
“Quem está qualificado tem possibilidade de se inserir, mas quem não possui conhecimentos na área digital está fora. Quando entrei no mercado de trabalho, a Educação Superior era um diferencial, hoje é condição básica. O Brasil importa conhecimento especializado de outros países, mas há espaço para nós brasileiros nos especializarmos e ocuparmos esses cargos de alta exigência”, declarou o palestrante.
Visão crítica
Segundo professor Sérgio, com o alto índice de desempregados e com os empregos sendo dizimados em virtude da tecnologia, empreender acaba sendo a única alternativa para alguns trabalhadores. "O empreendedorismo ajuda, mas não veio para melhorar as condições de trabalho. É uma solução precarizante, barateia os serviços e traz competitividade de baixo padrão”, afirmou o educador.
De acordo com professor Sérgio, o Brasil ainda pode encontrar alguns caminhos, pois a economia ainda está em crescimento. “Aí vem o papel da Educação Superior. A vivência universitária habilita o profissional a perceber cenários, se posicionar, atuar com foco e precisão. Na graduação o estudante dá o primeiro passo, mas o requinte e amadurecimento vêm depois da pós-graduação”, explicou.