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Religião, migração e periferia urbana no Peru

Professor coordenador:  Dr. Dario Paulo Barrera Rivera

1. Resumo:
O desenvolvimento de grandes cidades nos países da América Latina, no decorrer do século XX, conhecido como processo de urbanização e que resultou do avanço do capitalismo industrializado e da modernidade em geral, produziu um ordenamento geográfico, econômico, político e social diferenciado: centros urbanos com regiões que concentram maior poder político e econômico, e espaços periféricos desprovidos de infraestrutura básica e pouca ou nula presença do Estado. As cidades expressam um problema estrutural na medida em que sua própria constituição produz e reproduz desigualdades sociais, culturais e econômicas. Este projeto foca a sua atenção em regiões periféricas da cidade de Lima. Escolhemos três variáveis que delimitam e definem o ângulo de observação e o objeto de estudo: práticas religiosas de tradição cristã, com ênfase em grupos evangélicos; migrantes de regiões do interior do país ou do “Departamento” de Lima; e, em terceiro lugar, a realidade da periferia urbana onde os migrantes se estabeleceram. A pesquisa foca sua atenção em dois distritos periféricos de Lima: Ate Vitarte e San Juan de Lurigancho, que foram escolhidos pela importante presencia de migrantes e por ter grupos evangélicos que realizam seus cultos em línguas indígenas, fator de singular importância nesse país.


2. Objetivo(s):

Geral
Analisar as relações entre religião e migração do interior do país para o contexto urbano em grupos evangélicos localizados em duas regiões periféricas da cidade de Lima. Leva-se em consideração o importante peso específico da “cultura indígena andina” nesse país.

Específico (s)
a) Revisar a bibliografia e dados existentes sobre a periferia urbana no Peru visando produzir uma síntese sobre o conhecimento produzido nos campos da sociologia urbana, da antropologia, e da geografia.
b) Elaborar um balanço sobre a forma como os estudos sobre grupos religiosos cristãos na América Latina abordam a questão da periferia urbana. O foco é o Peru, mas, a literatura sobre outros países da América Latina será subsídio importante.
c) Estudar o processo de estabelecimento das igrejas evangélicas nos bairros em estudo prestando especial atenção à participação dos migrantes.
d) Caracterizar o discurso dessas instituições religiosas visando determinar qual a sua compreensão do entorno social em que atuam e especialmente da população migrante.
e) Comparar o perfil social, econômico e cultural dos fies migrantes dos grupos religiosos com o perfil do resto de moradores dos bairros em questão.
f) Analisar as formas de culto das igrejas em estudo, a prática religiosa de seus seguidores e o influxo das culturas de origem dos migrantes.
g) Analisar o papel das raízes étnicas no processo de estabelecimento, cultural e religioso, dos migrantes; vale dizer na recomposição de suas identidades.
h) Estudar o papel dos grupos religiosos no contexto urbano periférico em relação aos efeitos da segregação urbana, levando em consideração as características sociais e culturais dos processos migratórios para a cidade de Lima.

3. Justificativa:
Na segunda metade do século XX os estudos sociais sobre América Latina voltaram-se para questões diversas da periferia urbana considerando de maneira enfática a variável “migração” e em menor medida a variável “religião”. Poucas vezes se encontra nos estudos urbanos em geral o cruzamento das duas variáveis, migração e religião, quando se trata da realidade da periferia urbana. Ambos os conceitos citados são importantes componentes do fenômeno que constitui a periferia urbana, nos seus aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos. Regra geral, os estudos sobre periferia urbana focaram mais temas como a violência, as políticas públicas e os movimentos sociais.

Nos estudos de religião na América Latina tem sido lugar comum afirmar o caráter popular das religiões com maior crescimento, especialmente as igrejas evangélicas e pentecostais. A respeito dos evangélicos, que segundo os dados censitários, constituem a forma religiosa de maior crescimento nas últimas décadas, os estudiosos da religião enfatizam que crescem especialmente entre os mais pobres. (Censo IBGE 2000 e 2010 no Brasil, Atlas de las creencias religiosas en la Argentina, de Mallimaci 2013; “Categorías y números en la religión del Perú hoy” de Marzal 2000 e “Brazilian Pentecostalism in Peru: Affinities between the Social and Cultural Conditions of Andean Migrants and the Religious Worlview of the Pentecostal Church God is Love” de Barrera 2013). No entanto, constata-se um vazio de estudos aprofundados sobre os grupos religiosos nas periferias urbanas que levem em consideração a variável migração. Há abundantes estudos da periferia, mas, pouco tem se interessado pelos grupos religiosos nesses contextos. De outro lado, a questão “periferia”, no seu sentido social, econômico e cultural, também não é levada a sério nos estudos sobre grupos religiosos, que se limitam, regra geral, a constatar maior crescimento dos grupos evangélicos nesses contextos.

São ainda questões à espera de estudos aprofundados as seguintes: Quais os motivos que levaram os migrantes a aderirem às igrejas? Qual é a procedência, em termos sociais e culturais, dos migrantes que se integraram aos grupos religiosos? Qual o grau de permanência dessas pessoas em suas respectivas igrejas ou de que igrejas procedem? Quais as semelhanças e diferenças da inserção dos migrantes aos bairros periféricos na cidade de Lima e, especificamente, aos grupos religiosos em estudo.

Na bibliografia especializada não se encontram em destaque dois aspectos que este projeto pretende atingir. De um lado, os estudos sobre religião na periferia urbana não levam em consideração a variável migração, a não ser para registrar ou quantificar o fato. O que acontece com a religião do migrante que chega à periferia urbana ou o que acontece com os grupos religiosos aonde os migrantes para a periferia urbana chegam não são questões aprofundadas nos estudos existentes nas áreas de sociologia e antropologia da religião nem nas ciências da religião em geral.

Os estudos da periferia, nas disciplinas anteriormente mencionadas, pouco tem se interessado pelos grupos evangélicos nesses contextos. Com certa frequência os evangélicos aparecem nos estudos da periferia em geral e, regra geral, o estudo não se aprofunda na questão da realidade do migrante. De outro lado, a questão “periferia”, no seu sentido social, econômico e cultural, poucas vezes é levada a sério nos estudos sobre grupos religiosos que constatam maior crescimento dos mesmos nesses contextos.

Os estudos que incluem também a variável religião e mais especificamente os evangélicos são poucos. O estudo, sem dúvida, mais importante, que incluiu as três variáveis que interessam a este projeto é o de Marzal Os Caminhos religiosos dos inmigrantes a la Gran Lima (1988). Estudando especificamente o Distrito de “El Agustino” na cidade de Lima o autor constatou três destinos religiosos dos migrantes: “a igreja cultural”, “a igreja popular” e “as novas igrejas”. Nessa última categoria estavam os migrantes que entravam em diversos pequenos grupos evangélicos. A pesquisa apoiava-se em consistente registro etnográfico de regiões andinas do sul e centro do país, e chegava a conclusão de que diferente da “igreja cultural” onde o migrante recriava sua herança religiosa e da “igreja popular onde o migrante reformulava sua visão de mundo nas CEBs era possível associar os grupos evangélicos a seitas de origem norte-americana cuja função seria, entre outras, distanciar os migrantes da realidade e de sua cultura de origem.

4. Relevância:
Para o caso do Peru deve levar-se em consideração que a cidade de Lima, capital do país, tornou-se, o principal centro político e econômico de gestão do ritmo de industrialização com suas implicações políticas na relação campo - cidade nas décadas dos anos 40 e 50. A sequência entre a desestruturação do poder político oligárquico de base agrária desde o final dos anos 60 e o empobrecimento da população camponesa andina (Pease 1980) e as limitações de uma nova classe política moderna para gerir as grandes migrações para as cidades e as iniciativas sociais e econômicas dos migrantes nos anos 70 e 80 (Golte e Adams 1987 e Quijano  1970) determinaram os contornos de uma cidade marcada pelo fenômeno da “marginalidade” concomitante e resultante do tipo de industrialização, da concentração da riqueza e dos ingressos, do desemprego e subemprego (Quijano1997). Deve-se levar também em consideração o importante componente cultural indígena andino presente no contexto urbano de Lima no cotidiano dos migrantes objetos de preconceitos racistas, fenômeno que prevalece histórica e estruturalmente desde a Colônia (Morner 1967; Flores 1994 e Portocarrero 1995). A relevância desta pesquisa resulta, em parte, da complexidade desses fatores.

Também, os grupos religiosos cristãos, especialmente evangélicos, tão presentes na periferia urbana concentram grande quantidade de população migrante de diversas regiões do país. Cabe assim perguntar-se pelo papel que essas igrejas cumprem em relação à experiência dos migrantes no longo processo de estabelecimento nas periferias urbanas dos distintos contextos e realidades dos países em questão.
A predominância de grupos evangélicos nas regiões mais periféricas. A desigualdade social existente nas cidades como São Paulo, Lima ou Buenos Aires permite falar em “segregação” em ambos os sentidos discutidos por Marques (2005), isto é, como separação tanto como desigualdade de acesso. Em todas essas cidades percebe-se o efeito diferenciado das modernizações (SANTOS 1972) em espaços diferentes, com repercussões também diferentes nas áreas periféricas (SANTOS 1977; CASTELL 2009, DAVIS 2006).

Outro aspecto a destacar deste projeto é o papel dos grupos religiosos na vida de seus seguidores, migrantes de regiões do interior, perante as dificuldades sociais e econômicas que enfrentam no contexto da periferia urbana. Aspecto importante dessas dificuldades é a segregação social e espacial suficientemente demonstrada pelos estudos urbanos. Pergunta-se, neste projeto, qual é o papel dos grupos religiosos perante a segregação dos migrantes no contexto de periferia urbana. Ao mesmo tempo analisará a influência dos discursos e das práticas religiosas dos diversos grupos religiosos no cotidiano de seus seguidores enquanto migrantes que vieram a tornarem-se moradores da periferia. Destaca-se a origem dos migrantes, como referência sociocultural que interage ou tende a resistir à dinâmica social, cultural e econômica do mundo urbano (Paerregaard 1998).

Outro aspecto relevante deste projeto é seu caráter interdisciplinar que exigirá o diálogo com especialistas de diversas áreas e temas vinculados. Por exemplo, sobre o fenômeno da migração para a cidade nos países da Região Andina e especificamente sobre o Peru há uma longa produção sediada no “Instituto Francés de Estudios Andinos”, no “Instituto de Estudios Peruanos” e na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica de Lima. O autor deste projeto tem já contatos com essas instituições.

Finalmente destacamos a importância da divulgação dos resultados parciais e finais da pesquisa. Dois aspectos devem ser mencionados. Os resultados parciais serão apresentados nos mais importantes fóruns de estudos de religião em nível nacional e internacional: congressos, simpósios, etc, nos quais pretendemos apresentar “papers”, organizar mesas redondas e organizar ou participar de GTs nesses eventos. Quanto a circulação dos resultados da pesquisa será parte obrigatória deste projeto o encaminhamento de artigos para revistas especializadas, devidamente conceituadas dentro e fora do Brasil. Também a proposta de organização de dossiês sobre o tema nas revistas especializadas e a publicação em capítulos de livros ou livros. Os vínculos que a realização da própria pesquisa permitirá construir abrirão, sem dúvida, as oportunidades para a divulgação via publicações em outras línguas em nível latino-americano e internacional em geral.

Parece-nos, ao mesmo tempo, que um projeto de pesquisa desta natureza, pela sua abrangência internacional, ao mesmo tempo coloca o desafio e as condições de uma internacionalização da pesquisa sobre estudos de religião. Acompanhamos de perto os principais fóruns, nacionais e internacionais, de apresentação de pesquisa sobre religião (Jornadas da Associação de Cientistas Sociais da Religião do Cone Sul, ABHR, SISR, ALAS, LASA, Congressos da ANPTECRE).

5. Metodologia (discriminar infra-estrutura / recursos utilizados disponibilizados ou não pela UMESP e método):
Para esta pesquisa trabalharemos com o conceito de periferia urbana num sentido amplo e complexo que leva em consideração as seguintes variáveis: pobreza, como destituição dos meios de sobrevivência física; insuficiência de renda e de trabalho, não existência de infraestrutura física adequada nos locais de moradia, inoperância ou ausência de políticas sociais, sujeição à violência, e não garantia dos direitos básicos de cidadania. Esses componentes da realidade da periferia urbana serão levados em consideração, em graus diversos, para estudar a realidade de grupos religiosos que acolhem ou estão compostos de maneira significativa por fieis migrantes, e seus descendentes, procedentes de regiões do interior do país ou do estado.
Da cidade de Lima serão objeto da atenção deste projeto dois distritos localizados no “cono este” da região metropolitana: Até Vitarte e San Juan de Lurigancho, a 20 e 30 quilômetros respectivamente do centro da cidade e que constituem amplas regiões periféricas da cidade. A escolha levou em consideração dados do último Censo de 2007 sobre três aspectos socioculturais desses distritos que ocupam lugar central no projeto proposto: a porcentagem de população evangélica, a porcentagem de migrantes e a porcentagem de população que fala uma língua nativa, sendo o espanhol a segunda língua. Este último aspecto é muito importante para estudar o fenômeno da migração no caso de Peru e constitui um diferencial que agrega ao potencial de um estudo comparativo com as outras cidades. Os distritos de Até Vitarte e San Juan de Lurigancho estão entre os de maior porcentagem de população evangélica (12,4% e 12,7%), de migrantes (57,5% e 54,7%) e de pessoas que falam a língua nativa de origem, Quichua ou Aymara (8,6% e 9,5%). Adiciona-se a esses a maior porcentagem de analfabetismo (2,5% e 2,1%). Na cidade Lima a porcentagem de analfabetismo é de 1,4%, de pessoas que falam línguas nativas é de 4,1% e a porcentagem de evangélicos é de 9%. Outros dados igualmente importante na escolha resultam de observações preliminares de campo, feitas para este projeto, em que constatamos a existência nesses municípios de grupos evangélicos que realizam suas celebrações religiosas na língua nativa. Como o número de igrejas evangélicas em ambos os distritos é grande será necessário escolher setores específicos que permitam observar grupos de evangélicos migrantes que utilizam a língua nativa e outros com semelhantes características que utilizam o espanhol. É importante lembrar que o uso da língua nativa, ou a inflexão causada por ela, no Peru determina importante fator de discriminação e segregação socioeconômica (Barrera 2013, Bruce 2007; Golte e Adams 1987). Os grupos religiosos que realizam seus cultos na língua nativa constatados in situ nos distritos em estudo são pentecostais das “Asambleas de Dios” e evangélicos da “Iglesia Evangélica Peruana”.

A pesquisa bibliográfica constituirá, como já dito, parte importante e básica deste projeto. Será necessário ampliar e aprofundar a leitura da basta bibliografia produzida nas últimas décadas no campo amplo dos problemas urbanos. Uma primeira parte dessa pesquisa já foi realizada para a elaboração do projeto. No entanto, há ainda importante volume de literatura a ser estudada, e que será indispensável para o desenvolvimento da pesquisa. Na perspectiva dos campos de conhecimento, priorizar-se-á a bibliografia da sociologia urbana, da antropologia urbana e da geografia.

Um primeiro desafio é a atualização da revisão bibliográfica visando um “estado da arte” sobre os estudos que perpassem uma ou a combinação de algumas das três variáveis eixo deste projeto: religião, migração e periferia urbana. Não nos interessam pesquisas de religião em geral e sim as pesquisas sobre religiões em condições de periferia urbana. Existem poucos estudos de religião em condições de baixa renda ou de pobreza sobre essa cidade. Os estudos a revisar para esta parte encontram-se dispersos, principalmente, nas áreas de “Ciências da religião”, Sociologia urbana, Antropologia urbana, Arquitetura e Urbanismo.

Ainda sobre a revisão bibliográfica, os outros dois eixos do projeto representam grande desafio, haja vista o volume de bibliografia tratando questões migratórias para as grandes cidades de América Latina e também sobre a realidade da periferia urbana. Sobre o primeiro aspecto (migração) pretende-se uma revisão exaustiva, porem, com foco específico na cidade de Lima. Sobre a realidade da periferia urbana o volume de informação e de textos publicados não permitiria ser exaustivos. Trabalharemos com recorte das pesquisas que correspondem aos últimos 20 anos. Um recorte cronológico mais específico poderá ser decidido no decorrer da pesquisa. Deve ficar claro que para estes dois aspectos a variável religião não é discriminatória. Interessa-nos revisar todos os estudos sobre migração e sobre periferia urbana, não importando se tratam de religião ou não. As áreas onde se encontra a bibliografia sobre estes dois aspectos são: a Sociologia urbana, a Antropologia urbana, a Geografia, a Etnologia, a Arquitetura e Urbanismo, e mais recentemente, também, nas Ciências ambientais. Cabe destacar, ainda, que o objetivo maior desta revisão da literatura especializada é a procura de embasamento teórico que leve a teorias consistentes possíveis de algum nível de generalização a respeito da relação entre migração, religião e periferia urbana no Peru.

Outro aspecto metodológico deste projeto é a pesquisa de campo. Sendo a perspectiva teórica do projeto de cujo sociológico e antropológico, a pesquisa de campo para o levantamento de dados torna-se fundamental. O projeto inclui observação in situ dos bairros, das igrejas, dos cultos, e entrevistas as pessoas em questão, tudo com o necessário e cuidadoso registro. A pesquisa de campo será realizada em três períodos de dois a três semanas cada. Espera-se levantar rica informação sobre práticas e discursos religiosos de migrantes e para migrantes em condições de periferia urbana. Contaremos para a pesquisa de campo com a colaboração de dois pesquisadores da Universidade Católica de Lima, antigos parceiros de outros projetos de pesquisa. O deslocamento para períodos de pesquisa de nos bairros em questão tentará encarar o desafio da aproximação e produção do conhecimento sur le terrain. O passo imediato a cada período de pesquisa de campo será a sistematização dos registros. O passo seguinte será a apresentação de relatórios de pesquisa de campo para discussão e análise junto ao Grupo de Pesquisa “Religião e Periferia Urbana na América Latina” (REPAL) e toda a equipe de pesquisadores. A análise desse material será comparativo, tanto entre as diversas igrejas evangélicas atuando num mesmo bairro, quanto entre igrejas atuando em bairros diferentes. Levar-se-á em consideração as características sociais, econômicas e culturais específicas das pessoas estudadas, de maneira a poder determinar quem são os migrantes e filhos de migrastes (ou migrantes de segunda geração) da periferia urbana, quais suas diferenças com os não migrantes e com os outros moradores da periferia. Para o processamento de dados e da informação levantada contamos com a sala do Grupo de Pesquisa REPAL e o equipamento adquirido com recursos da FAPESP de projetos anteriores.

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7. Cronograma de atividades:
Mês 1: Revisão bibliográfica sobre periferia urbana
Mês 2: Revisão bibliográfica sobre periferia urbana
Mês 3: Revisão bibliográfica sobre periferia urbana
Mês 4: Revisão bibliográfica sobre migração urbana
Mês 5: Revisão bibliográfica sobre migração urbana
Mês 6:  Revisão bibliográfica sobre migração urbana
Mês 7: Estado da arte sobre Periferia urbana
Mês 8: Estado da arte sobre Periferia urbana
Mês 9: Estado da arte sobre migração
Mês 10: Estado da arte sobre migração
Mês 11: Pesquisa de campo 1
Mês 12: Produção e encaminhamento de artigo para publicação em revista especializada
Mês 13: Análise de dados da Pesquisa de campo 1
Mês 14: Produção de capítulo de livro
Mês 15: Produção de capítulo de livro
Mês 16: Artigo para apresentação em  Congresso Científico
Mês 17: Artigo para apresentação em  Congresso Científico
Mês 18: Pesquisa de campo 2
Mês 19: Análise de dados de Pesquisa de campo 2
Mês 20: Análise de dados de Pesquisa de campo 2
Mês 21: Produção e encaminhamento de artigo para publicação em revista especializada
Mês 22: Produção e encaminhamento de artigo para publicação em revista especializada
Mês 23: Elaboração de relatório Final
Mês 24: Elaboração de relatório Final




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