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Livro Ciberflex aborda como a explosão de informações e conexões digitais redesenha profissões

Professor Sebastião Squirra, do PósCOM, lança coletânea Ciberflex: Cognições, Disrupções, Cerebrizações

17/11/2017 12h35 - última modificação 17/11/2017 12h59

Todas as profissões vivem momentos de sobressalto e consequente adaptação ao novo ordenamento da realidade tecnológica. As dimensões humanas de espaço e tempo sofrem choques fortes, o que leva à necessidade de rever conceitos aplicados em todos os segmentos, da educação à economia, e, consequentemente, em toda as profissões, afirma o professor Sebastiao Squirra, docente do programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo que acaba de lançar Ciberflex: Cognições, Disrupções, Cerebrizações.

“O livro quer contribuir com análises sobre a vida digital em olhadas variadas. Isso é importante, pois nos dias atuais todos os segmentos da economia estão de ponta cabeça. A comunicação está sendo redesenhada em uma explosão de conexões e interações tecnológicas, atingindo todas as profissões, a cultura, a sociedade e as múltiplas formas do fazer científico”, afirma professor Squirra, também líder do ComTec (Grupo de Pesquisa em Comunicação e Tecnologias Digitais) do PósCOM.

Ciberflex é uma coletânea de artigos que, dentro da proposta de interdisciplinaridade, abordam práticas inovadoras do jornalismo, analisam como algoritmos podem alterar a democracia, discutem as interfaces mente-máquinas, entre outros temas da vida digital. A obra reúne os pesquisadores Elias Machado (UFSC), Sergio Amadeu da Silveira (UFABC), Pedro Russi (UnB), Luiz Guilherme Duarte (University of Central Florida/EUA), Carlos Barros Monteiro e Alan Angelucci (USCS). Participam ainda os alunos do PósCOM da Metodista Ângela Miguel Corrêa, Rogério Andrade e Danusa Andrade.

Professor Squirra também assina artigo próprio além da organização da obra, lançada em 1º de novembro último no XI International Brazilian Meeting on Cognitive Science, promovido pela SBCC (Sociedade Brasileira de Ciências Cognitivas) na ECA-USP (Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Acompanhe a entrevista ao portal Metodista sobre o livro, que dá sequência ao esforço científico realizado desde 2004 pelo pesquisador, quando foi criado o ComTec, e dá continuidade à série Ciber, integrada pelas obras CiberComs (2012), Cibermídias (2012) e CiberTecs (2016):

1 - O recente comentário do jornalista William Waack, fortemente combatido pela comunidade negra, é bem representativo do poder alcançado pelas redes sociais. Como o sr. avalia o empoderamento que pessoas conquistaram com canais de voz e de imagens abertos pela internet?
R - As tecnologias da atualidade, no formato digital, de tamanhos diminutos, móveis e plenamente conectadas, permitem que informações de toda ordem transitem febrilmente. O episódio William Waack não teria a repercussão alcançada sem a evolução tecnológica que se presencia. Isto tem seu lado bom, mas também permite a inserção - e consequentes danos - das fake news.

2 – Como o jornalismo profissional é afetado por essa explosão de informações, fake news ou não?
R - Todas as profissões vivem momentos de sobressalto e consequente adaptação ao novo ordenamento e realidade tecnológica. As dimensões espaço-temporais humanas sofrem choques fortes na atualidade, o que acarreta a necessidade de revisão dos pressupostos aplicados na educação, no comércio, na indústria etc. e, consequentemente, atinge frontalmente todo o universo das profissões (medicina, engenharias e sobretudo as comunicações).

3 – Como o “fazer científico” é atingido pelo fenômeno da vida digital?
R - As ciências também sofrem abalos, pois a velocidade do processamento de dados é robustamente maior hoje. Os grandes bancos de dados (Big Data), a robotização dos processos com a Inteligência Artificial e as conexões em banda larga dinamizam a produção do conhecimento. Todos estes processos aumentaram a produção científica, agora produzida em tempo radicalmente reduzido e com circulação muito ampliada.

4 – E as relações mente-máquina: a Inteligência Artificial vai substituir tarefas de profissionais de comunicação, que na essência são intelectuais?
R - As conquistas em outras áreas do conhecimento, como a neurologia, por exemplo, demonstram a enorme simbiose na relação homem-máquina, que mais recentemente incluíram avanços expressivos na comunicação mente-máquina, sem a inserção de comandos hápticos (toques), visuais (kinect) ou sonoros (siri etc). A automatização alcançou muitas profissões (medicina, astronomia etc.) e na comunicação já produz relatos jornalísticos, por exemplo, sem participação humana. Este é um processo compulsório e que a academia precisa devotar mais tempo investigando.

5 – O livro tem versão ebook? Está à venda?
R -  Os livros do Comtec, grupo de pesquisa que lidero no PósCOM da Metodista, são impressos e também estão no formato ebook na Amazon.

6 – Como as temáticas e autores são escolhidos?
R - As obras da série Ciber (Cibercoms, Cibermidias, Cibertecs e a atual, Ciberflex) são compostas com textos inéditos e elaborados por pesquisadores integrantes do Comtec. Na maioria, os autores são doutores e integrantes de programas de pós-graduação. No intuito da difusão cientifica e inserção acadêmica, alguns pós-graduandos são convidados, atendendo pressupostos da Capes para incremento da produção discente.

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