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Integração entre homem e máquina só tende a aumentar

Em evento “O futuro do problema mente-corpo”, promovido pelo grupo de pesquisa Tecccog, contou com a palestra do prof. Dr. Osvaldo Pessoa

17/06/2015 16h36

Foto: Sophia Cury

“O futuro do problema mente-corpo” foi o assunto abordado na primeira edição do Encontro Temático do Grupo de Pesquisa Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva, realizado na Universidade Metodista, na última terça-feira (16).

A palestra foi ministrada pelo filósofo da mente e físico, prof. dr Osvaldo Frota Pessoa Junior (USP) e contou com a presença de membros do grupo Tecccog e de pesquisadores ligados à comunicação além de alunos e pesquisadores de outras áreas do conhecimento, como a psicologia, engenharia e filosofia.

No encontro, o professor Pessoa Junior abordou temas relacionados à filosofia da mente e, para explanar o assunto, mencionou alguns experimentos mentais já realizados por pesquisadores da área.

Um desses experimentos é o da Duplicação Humana, que analisa, em teoria, quais seriam os efeitos que a consciência sofreria caso fosse possível produzir uma cópia exata de um ser humano. Ao duplicar um humano, a questão da consciência divide opiniões entre os pesquisadores, separando-os em materialistas e dualistas. Simplificadamente, a linha dos materialistas acredita que a consciência é produto direto do corpo material, ou seja, a cópia gerada seria consciente; já a linha dos dualistas ou espiritualistas, defende que existe algo a nível mental que independe do corpo e da matéria, portanto, para eles, a cópia não seria consciente.

Além desse tópico, Pessoa Junior também explorou a questão da Filosofia do Futuro e explicou que o ser humano estará cada vez mais integrado às máquinas, criando a chamada “Singularidade tecnológica” - termo que define a intensa integração homem-máquina.

Dentro desse contexto, os Trans-humanistas compõem o grupo de pesquisadores que enxergam com grande otimismo o melhoramento do ser humano por meios artificiais, o que os opõe a linha de pensamento dos Conservacionistas, que defendem a preservação da condição humana tal como a conhecemos, tal como ela é.

A reunião ainda discorreu sobre a revolução na filosofia da mente e terminou com a análise sobre as diferenças entre o conhecimento físico (quantitativo) e o conhecimento subjetivo (qualitativo).

Osvaldo Frota Pessoa Jr. é graduado em Física e em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Física Experimental pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutor em História e Filosofia da Ciência pela Indiana University. Atualmente é professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP.

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