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Professora Magali Cunha publica obra "Do púlpito às mídias sociais"

Livro é resultado de sua pesquisa pós-doutoral realizada na UFBA

13/06/2017 18h10 - última modificação 13/06/2017 18h26

A professora Magali do Nascimento Cunha, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo, está lançando o livro “Do púlpito às mídias sociais. Evangélicos na política e ativismo digital”, publicado pela editora Prismas. A obra é resultado de sua pesquisa do estágio pós-doutoral realizada no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade Federal da Bahia.

“O pós-doutorado foi a culminância de um processo de três anos de pesquisas sobre a relação entre mídia, religião e política, particularmente a cobertura noticiosa da Bancada Evangélica no Congresso Nacional e os processos midiáticos que envolvem a presença de lideranças religiosas na política”, explica Magali.

O período de estudos na UFBA foi dedicado a compreender a presença de evangélicos nas mídias sociais que realizam ativismo político. “Essas pessoas não são vinculadas formalmente a um partido político ou não têm cargo eletivo que dedicam seus espaços nas mídias sociais a campanhas políticas e a discussão de temas da agenda política nacional. Realizei um mapeamento de quem são perfis de maior influência nas duas das principais mídias sociais acessadas por brasileiros, o Facebook e o Twitter”, conta. Esse mapeamento foi realizado no segundo semestre do ano passado, no Centro de Estudos Avançados em Democracia Digital, coordenado pelo professor Wilson Gomes.

Crescimento evangélico e ativismo

O crescimento das igrejas evangélicas no País foi um movimento crescente desde os anos 1990 e teve seu ápice nos anos 2000, conta a docente: “Este boom evangélico se deu fundamentalmente pelo avanço dos pentecostalismos e sua dinâmica religiosa mais popular e mais enraizada na urbanidade, na cultura do consumo e na diversidade cultural do país. Consequentemente os outros segmentos evangélicos mais tradicionais estagnaram e o Catolicismo perde fiéis, pois são, especialmente os católicos nominais, aqueles que passam a transitar e se vincular entre os pentecostais”.

Com a chegada dos anos 2010, o Censo mostrou que o crescimento parou, mas houve uma mudança no comportamento dos evangélicos. “Se até 2010 a discussão em torno da presença evangélica na política se resumia às figuras eleitas para a Bancada Evangélica no Congresso, nos estados e municípios, e para cargos executivos nestes níveis e sobre as lideranças que os apoiam, na segunda década do século 21 emergem os ativistas digitais evangélicos que são cidadãos comuns que professam a fé evangélica e propagam ideias políticas, realizam campanhas, apoiam e se opõem a causas e candidaturas”, diz.

Magali mostra em seu livro quais são os 35 mais influentes ativistas do Facebook e Twitter, “são muitos, homens e mulheres, de diferentes idades e igrejas e de diferentes tendências políticas. Se nas mídias tradicionais os grupos evangélicos conservadores sempre tiveram mais espaço, nas mídias sociais eles continuam tendo, mas têm que dividi-lo com grupos evangélicos progressistas que encontram nas redes possibilidade maior de visibilidade”.

A pesquisa pós-doutoral deu continuidade à tese de Magali, realizada na Universidade de São Paulo (USP) com o título “Vinho novo em odres velhos. Um olhar comunicacional sobre a explosão gospel no cenário religioso evangélico no Brasil”. O objetivo, então, era falar das transformações na cultura evangélica brasileira, por meio da música, consumo e entretenimento. Na pesquisa mais recente, foi possível aprofundar nesse universo e compreender a ação nas mídias: “O ativismo digital evangélico é um fenômeno novo no quadro que forma a relação entre mídia, religião e política no Brasil contemporâneo. Ele emerge tanto da potencialização da presença evangélica na esfera pública (mídias, mercado e política) como da intensa ocupação das mídias digitais por grupos evangélicos dos mais diferentes”.

Lançamento

“Do púlpito às mídias sociais. Evangélicos na política e ativismo digital” foi publicado pela editora Prismas e tem 246 páginas. O pré-lançamento será realizado no dia 19 de junho às 20h ao vivo no Facebook da docente, clique aqui para acessar. Para mais informações, confira a fanpage do livro.

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