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Doutoranda de Comunicação é finalista de Prêmio Francisco Morel da Intercom

Suelen de Aguiar Silva concorre com dissertação defendida em 2013

22/05/2017 16h55 - última modificação 23/05/2017 12h41

Crédito: Ricardo Alvarenga

A doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo, Suelen de Aguiar Silva, de 34 anos, é uma das finalistas do Prêmio Francisco Morel da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – Intercom. Suelen concorre ao Prêmio com o artigo “Do direito à prática comunicacional: Casa Brasil Imbariê como dispositivo de empoderamento comunitarista ”, trabalho fruto de sua dissertação de mestrado orientada por Cicilia Maria K. Peruzzo, defendida em 2013.

O projeto tem como enfoque a Casa Brasil, um projeto governamental de espaço comunitário com telecentro, bibliotecas, etc. “No estudo analisei o Projeto no seu conjunto, verificando suas origens e panorama, além de enfatizar as experiências de Comunicação Comunitária presentes na unidade Casa Brasil Imbariê, de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Portanto, não se tratou de um estudo sobre telecentros comunitários, tampouco sobre inclusão digital. Tive menos interesse nos aparatos tecnológicos e mais no tipo de experiências que a comunidade teve em relação à Comunicação Comunitária e à participação popular na referida unidade”, conta.

Com a pesquisa, concluiu que “apesar da Casa Brasil Imbariê não se apropriar da Comunicação Comunitária como conceito, se apropria dela na prática, pois as experiências desenvolvidas pelos seus usuários servem como um instrumento de participação popular no exercício da cidadania e promove, em partes, a articulação da comunidade”. Mesmo com a descontinuidade do projeto Casa Brasil, a população local deu continuidade à unidade de Duque de Caxias, reinventando espaços para oferecer projetos diferentes aos moradores.

Comunicação comunitária

A trajetória de pesquisa de Suelen sempre passou pelos processos comunicacionais de inclusão e cidadania. Suelen é graduada em Comunicação Social - Publicidade pela Universidade Estácio de Sá e como trabalho de conclusão de curso realizou a pesquisa “Formação e informação do MST: comunicação e cidadania como expressão coletiva de organização”, estudando o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

“Quando me inscrevi no curso de Comunicação Social pensava em fazer Jornalismo, mas acabei escolhendo Publicidade. Não queria compactuar com os ditames do mercado, mas, felizmente, descobri que a Publicidade poderia servir à uma outra lógica que não era somente a do mercado. Me apaixonei pela comunicação comunitária, por seus processos, por seus protagonistas e descobri que uma outra comunicação era possível. E que eu poderia fazer diferença na área”, relata.

Ainda durante a graduação, conheceu o trabalho de Cicilia Peruzzo, que mais tarde se tornou sua orientadora. Atualmente, é pesquisadora de processos comunicacionais com foco na comunicação comunitária, alternativa, popular e mídia local e integrante do Núcleo de Estudos de Comunicação Comunitária e Local (COMUNI), liderado por Cicilia.

O Prêmio Francisco Moral, ao qual concorre, é concedido a estudantes de mestrado que apresentam trabalhos nos grupos de pesquisa Intercom – Encontros de Grupos de Pesquisa em Comunicação, que integram a programação do Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. A seleção é feita em etapas e leva em conta a contribuição ao ramo de estudo, o embasamento bibliográfico, o formato de apresentação e o conteúdo do trabalho. “Motivação e reconhecimento são duas palavras que definem a importância deste prêmio”, finaliza. Os vencedores dos Prêmios serão revelados em setembro deste ano no Congresso Nacional Intercom.

Confira todos os indicados ao Prêmio, clicando aqui.

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