Novos olhares sobre a velhice é tema de bate-papo do Programa Aquarela
28/10/2019 19h30 - última modificação 29/10/2019 16h35
Idoso, terceira idade ou até melhor idade. Esses são alguns termos que a sociedade escolheu para falar sobre pessoas com mais de 60 anos. Dentro deste contexto, o professor da Faculdade de Teologia da Metodista Paulo Dias Nogueira dirigiu o bate-papo “Velhice: outros olhares”. O evento é uma iniciativa do Núcleo de Arte Cultura da Universidade Metodista de São Paulo e faz parte das ações do Programa Aquarela – 3ª Idade na Universidade.
Para Claudia Cezar, diretora do núcleo, o convidado abordou o tema de forma lúdica e didática. “Precisamos falar mais sobre este tema e romper o preconceito em relação à velhice. O encontro foi muito produtivo. Hoje vieram menos pessoas, mas houve participação muito expressiva. Tivemos apenas uma palestra, mas foi muito rica de ilustrações”, afirma a educadora e gestora cultural.
Claudia também explica que o lema do Aquarela é a solidariedade entre gerações. “O programa “Uma Tarde na Universidade” tem o objetivo de trazer o idoso para dentro do ambiente acadêmico, para que eles tenham contato com a juventude que circula pelo campus”, declarou. O bate-papo aconteceu no auditório do Edifício Sigma (campus Rudge Ramos) e teve a presença de cerca de 30 pessoas.
O palestrante falou sobre o processo de envelhecimento e os tabus que rondam o tema. Contou também experiências sobre pessoas que passaram pelo processo da morte na época em que ele foi pastor. “Muita gente deseja não envelhecer. A arte e o mito retrataram isso em inúmeras histórias ao longo dos anos. A verdade é que não temos uma fonte da juventude e precisamos lidar com naturalidade. Precisamos vencer essa leitura preconceituosa que temos da velhice. Na nossa cultura, a figura do velho tem conotação muito ruim. É preciso mudar esse paradigma”, diz o professor.
De acordo com Neusa Maran, 68 anos, a palestra foi muito importante para conscientizar sobre a velhice. “Os assuntos relacionados aos idosos precisam ser debatidos. As pessoas precisam ser orientadas, porque infelizmente a situação do velho no Brasil é muito triste. A maioria vive isolada e não possui os cuidados necessários. A socialização para um idoso vale muito mais do que um remédio”, fala a cuidadora e participante do Aquarela.