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Emprego e Renda: concluir o Ensino Superior diminui o desemprego e triplica salário

11/02/2019 14h55 - última modificação 12/02/2019 14h56

Da Revista QB - Quero Bolsa*

Em tempos de vacas magras, o diploma de Ensino Superior faz muita diferença para quem quer preservar o emprego e a renda.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou estudo sobre o mercado de trabalho que revela que, mesmo durante a crise, a população ocupada mais escolarizada permaneceu em crescimento, enquanto o desemprego avançou com mais intensidade sobre quem tem menos anos de estudo no currículo.

É bem verdade que 38% dos trabalhadores com diploma de nível superior acabaram sendo absorvidos para preencher vagas que exigem menos qualificação. Entre jovens com 24 a 35 anos, o percentual sobe para 44%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad) Contínua, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O que pode ser visto como algo ruim demonstra que mais anos de estudo podem servir de  blindagem quando a crise aperta. Repare que, se para quem tem diploma o efeito pode ser estar empregado com salário menor, para quem não tem qualificação o destino é, sem dúvida, uma longa permanência nas estatísticas de desemprego. Em média, o trabalhador tem levado 14 meses para voltar a trabalhar, mas não são raros os casos de quem passa mais de dois anos em busca de recolocação.

Ao mesmo tempo em que esse fenômeno ocorre, é percebido também que cresce a proporção de profissionais com nível superior que atuam por conta própria ou são empregadores. No primeiro caso, são 14,1% e no segundo, representam 10,3%.

Carreiras

A divulgação do estudo pelo Ipea ocorreu ao mesmo tempo em que, no Quero Bolsa, levantamos a lista de profissões que mais abriram postos de trabalho em 2018 para quem fez graduação.

Analisamos os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, e constatamos que, entre as 5 profissões que mais contrataram no período avaliado, três não exigiam curso universitário, mas foram preenchidas por profissionais diplomados.

No topo da lista de contratações apareceram vagas para Assistente Administrativo (85.464 vagas preenchidas), seguido por Auxiliar de Escritório (67.601). Tirando essas profissões “intrusas” que certamente deixarão de encabeçar o ranking quando a economia voltar ao normal, constatamos que as áreas de Tecnologia da Informação, Saúde e Negócios/Administração foram os grande geradores de postos de trabalho para quem tem curso superior.

Renda

A empregabilidade gerada pela formação universitária vem acompanhada de uma diferença salarial brutal quando comparada aos demais níveis de escolaridade. Enquanto o rendimento médio mensal de um profissional que concluiu faculdade e trabalha na área para a qual se formou é de mais de R$ 5 mil, para quem tem apenas o ensino médio não chega a R$ 2 mil. Trabalhadores sem instrução ganham menos de R$ 900 por mês.


Portanto, levando em conta apenas aspectos econômicos e de empregabilidade, fazer faculdade é importante investimento para a vida. Mesmo quando a economia para de crescer, ou cresce a passos lentos, quem tem formação universitária consegue recolocação mais rápido, mantém-se em atividade, preserva a renda e evita sofrimento.

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