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Em palestra na Metodista, Jonathan Wells reforça convicção de que Darwin errou na Teoria da Evolução

Polêmico biólogo membro do Discovery Institute renovou críticas a alguns dogmas da ciência

09/11/2017 14h15 - última modificação 09/11/2017 14h16

Jonathan Wells: livros didáticos promovem falsos dogmas científicos

Em giro pelo País a convite da Sociedade Brasileira de Design Inteligente, o norte-americano doutor em biologia molecular e celular Jonathan Wells mantém-se firme no combate ao que chama de “falsos ícones” sobre a evolução das espécies, sobretudo a retratada pelo naturalista inglês Charles Darwin. Em palestra na Universidade Metodista de São Paulo na noite de 8 de novembro passado, Wells reforçou seu ceticismo darwinista ao falar sobre o novo livro lançado neste ano “Zombie Science: More Icons of Evolution”, ou seja, mais uma carga de contestações à teoria evolutiva da seleção natural pelas espécies mais fortes.

Segundo o autor, muitos estudiosos e mesmo cientistas estão errados sobre como surgimos e evoluímos – das teorias dos embriões à sobrevivência dos mais dotados ou à transformação do DNA -, mas seu principal alvo são os livros didáticos que reproduzem esses equívocos ano após ano. Não à toa sua palestra teve como tema “Como o darwinismo é promovido com ícones da evolução desacreditados”. O termo ciência-zumbi Jonathan Wells cunhou a partir de seus estudos apontando que muitos conceitos da evolução estão mortos e vagam por gerações sem serem contestados.

“Uma das poucas certezas em ciência é de que o consenso pode não ser confiável. A ciência empírica (sem evidências) não ameaça a fé cristã, mas sim a ciência naturalista, que procura explicações unicamente materialistas”, afirmou o biólogo, reafirmando que não se deve confiar cegamente no que diz a ciência.

Após detalhar vários conceitos sobre o que é evolução, ele apontou sua preferência pela “microevolução”, ou seja, os seres atuais decorrem de pequenas mudanças dentro das espécies ao longo dos anos. Por isso, brincou que não acredita que tenha havido convivência entre dinossauros e humanos em algum ponto do universo.

Desenhos falsos

Um dos ícones falsos sobre evolução apontados por Wells são os desenhos de embriões do biólogo pós-darwinista Ernst Haeckel, que defendia a tese de que o desenvolvimento embriológico de vários animais vertebrados explica a maior parte da descendência comum. Mas esses desenhos foram considerados em 1997 como imprecisos e falsos, o que não impede de continuarem a ser ensinados como verdade científica. Por essa teoria, um ancestral comum deu origem às várias classes de vertebrados e as espécies mais bem adaptadas ao meio tiveram maiores chances de sobrevivência – o centro da interpretação da seleção natural de Darwin.

Outro ícone contestado pelo biólogo e teólogo Jonathan Wells é a evolução por meio do DNA. Sua teoria, chamada de “as mosquinhas de fruta com 4 asas”, contesta a visão de que a evolução se dá por meio de mutações genéticas ao longo do tempo. Ele deu como exemplo a interferência em laboratório realizada em uma mosca normal de duas asas, que dobrou seus membros. “Ocorre que as asas sobressalentes não tinham músculo nem balanceadores, ou seja, criou-se uma mosca aleijada, sem condições de sobreviver fora de laboratórios”, apontou, acrescentando que mutações ou mudanças no DNA por si só não são suficientes para criar nova função e forma.

Também citou a teoria dos “Tentilhões de Darwin”, segundo a qual esses pequenos pássaros descendem de um ancestral comum que chegou às Ilhas Galápagos (na costa pacífica do Equador). Uma grande seca teria dizimado a maioria dos tentilhões, mas estudos de 1977 demonstram que quando as chuvas voltaram essas espécies  retomaram o formato original, ou seja, não houve propriamente a evolução da espécie descrita por Darwin.

Mais ícones zumbis

As críticas de Wells às interpretações literais dos dogmas darwinistas se tornaram públicas em 2000 com o lançamento de seu livro “Icons of Evolution, Sciense ou Myth?”, reforçadas pelas publicações “The Myth od Junk NA” e pelo best-seller “Zombie Science”. Neste ano a coleção ganhou mais seis ícones contestados na obra “Zombie Science: More Icons of Evolution”, em que ele critica teorias como a evolução das baleias, a resistência aos antibióticos e a evolução do olho humano, entre outros.

Segundo o reitor Paulo Roberto Campos Jr, que abriu o evento, mesmo sendo uma instituição cristã e confessional, a Metodista é espaço sempre aberto à construção do conhecimento. “Sabemos de um Deus maravilhoso, que nos dá sabedoria e inteligência para aceitar discussões sérias e científicas”, disse. O diretor da Escola de Comunicação, Educação e Humanidades, professor Kleber Carrilho, reforçou que o debate e a troca de ideias nem sempre convergentes com o princípio metodista enriquem o ambiente acadêmico. Também participaram da apresentação o presidente da Sociedade Brasileira de Design Inteligente, Marcos Nogueira Eberlin, e o presidente emérito da instituição, Enézio de Almeida Filho.

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