Unidade do Centro de Referência e Apoio à Vítima é inaugurada na Metodista
15/10/2013 17h37
Vítimas e familiares de vítimas de violência poderão ser atendidas na Universidade. Foto: Mônica Rodrigues
Quem sofre violência, de qualquer tipo que seja, na maioria das vezes sente receio de procurar ajuda. Medo, dor e falta de confiança nas instituições públicas fazem com que vítimas de crimes violentos ‘deixem de lado’ o ocorrido, podendo carregar traumas por toda a vida.
A violência é uma das principais causas e consequências da violação dos Direitos Humanos. Na missão de garantir às vitimas seus direitos fundamentais e o pleno exercício da cidadania, foi fundado em 1998 o CRAVI – Centro de Referência e Apoio à Vítima. O programa é uma iniciativa da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo em parceria com a Secretaria Especial de Direitos Humanos, a Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, o Instituto Therapon e o Instituto São Paulo Contra Violência.
O CRAVI, por meio de assistência jurídica, social e terapêutica, contribui na superação dos danos causados por crimes violentos e na sua prevenção, além de apoiar e orientar aqueles que que rem contribuir como testemunhas para a realização da justiça. É seu objetivo dar visibilidade às vítimas de violência, inclusive aquelas indiretamente afetadas, como é o caso dos familiares de vítimas de homicídio.
CRAVI na Metodista
No final de agosto, o Grande ABC também passou a contar com uma unidade do CRAVI, alocada na Policlínica da Universidade Metodista de São Paulo, no Campus Rudge Ramos. A Metodista, por meio de sua Faculdade de Saúde, é parceira no projeto oferecendo atendimento psicológico e assistência social. Serão realizados atendimentos gratuitos em serviços de baixa e média complexidade nos núcleos de Análises Clínicas, Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia e Psicologia.
“Estamos muito felizes e honrados com essa parceria. Um dos desafios do CRAVI, a promoção dos direitos humanos e da cidadania é também um dos desafios da Metodista, e esses valores devem ser preservados. A Universidade, que já trabalha ativamente com a comunidade, agora tem essa responsabilidade ainda maior”, aponta o reitor da Universidade Metodista de São Paulo, professor Marcio de Moraes.
A Secretária de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloisa de Sousa Arruda, afirma que a inauguração é mais um componente para que São Bernardo do Campo e região sejam referência para o Estado e para o Brasil. “Agradecemos por este espaço e por esta oportunidade. Acreditamos, sem dúvidas, que a Universidade é o palco exato para o desenvolvimento de um programa como esse, que visa dar assistência a vítimas e familiares de vítimas. Vi aqui, ao visitar a Policlínica, instalações de primeiro mundo.”
A coordenadora do CRAVI, Cristiane Pereira conta que a ideia é expandir
ainda mais o serviço, que já vem sendo desenvolvido há 15 anos. “Temos muito trabalho a fazer para garantir que as pessoas recebam todo o apoio, seja na área de psicologia, de assistência social, na área da saúde e jurídica. Contar com o apoio da Policlínica é um grande presente que a
Metodista nos oferece.”
Como funciona
Para participar dos atendimentos, basta procurar a Policlínica da Metodista. O agendamento pode ser feito pessoalmente ou por telefone.
Telefone: (11) 4366–5565
End: Ed. Iota, Campus Rudge Ramos - Universidade Metodista de São Paulo –R. Planalto, 106 – Rudge Ramos – SBC.
Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 07h às 22h; sábados das 07h às 13h (para agendamentos).
Horário de atendimento CRAVI: das 08h às 17h (segunda a sexta-feira)
No primeiro atendimento, caso a pessoa não tenha sido encaminhada pelo
Ministério Público ou outro setor jurídico, será realizada uma triagem pelo núcleo de psicologia e assistência social para verificar qual atendimento
mais adequado pelo CRAVI.