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Contribuição para o esporte

08/05/2013

08/05/2013 10h48

Dan Cézar, um dos atletas da equipe PSK, que recebe acompanhamento na Metodista. Foto: Lucas Landim

Pesquisas buscam melhorar qualidade de vida e recuperação dos skatistas

Treinamento físico, exames, fisioterapia, orientações nutricionais e psicológicas. Na Metodista, os skatistas da equipe PSK – Precision Skate utilizam a estrutura da Academia-Escola e da Policlínica para um treinamento interdisciplinar que já gerou muitos resultados.

Pesquisas realizadas pelo curso de Fisioterapia da Metodista trazem dados que demonstram a importância deste auxílio para os atletas e buscam aliar o conhecimento para a evolução de técnicas que beneficiem os skatistas. “Os atletas que participam do treinamento aqui na Universidade são das modalidades Vertical e Mega Rampa, então sempre as quedas e pancadas são muito fortes, o que acaba gerando lesões. A dor é algo que acompanha eles por isso estudamos para amenizar estes problemas e promover treinos adequados”, revela o coordenador do curso de Fisioterapia, professor Alexandre Cavallieri.

Qualidade de vida
Uma das pesquisas orientadas pelo professor foi o Trabalho de Conclusão de Curso da egressa Marianne Becker, que estudou a qualidade de vida dos
skatistas da modalidade vertical. “Pude notar nos resultados que existe uma visão estereotipada quanto à qualidade de vida dos esportistas. Apesar de terem melhores condições físicas, o impacto e a velocidade fazem com que tenham um alto risco de lesão, que em conjunto aos campeonatos faz com que tenham pouco tempo para se recuperar e uma qualidade de vida não tão alta quanto imaginávamos”,
destaca Marianne.

A pesquisa, realizada utilizando o questionário QQVA (questionário de
qua lidade de vida para atletas) avaliou seis atletas, nos quesitos: capacidade funcional, aspecto físico, dor, estado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Segundo Alexandre, foi detectado que, apesar dos aspectos físicos prejudicados, os aspectos emocio nais e sociais se mostraram positivos, por se rem atletas reconhecidos e
muito bem vistos. “Por praticar um esporte que acaba sendo um estilo de vida, eles demonstram essa vitalidade, se sentem bem por causa disso.”

O intuito é ampliar a pesquisa, aplicando-a em skatistas que não participem do treinamento interdisciplinar, para que seja feito um comparativo.

Influência do treinamento físico na impulsão vertical
O treinamento dos skatistas inclui aparelhos específicos, desenvolvidos para aprimorar diversas habilidades, como a cama elástica para realizar manobras e o shape de skate com mola, que busca melhorar o equilíbrio e precisão. Verificar os resultados do treinamento com estes aparelhos para a impulsão vertical (saltos) foi o objetivo do estudo do professor Alexandre em conjunto com os professores Denis Foschini, Douglas Popp e Domingos Belasco Jr.

Na pesquisa foi constatado, por meio de teste validado mundialmente, um aumento significativo na força dos membros inferiores (coxa e pernas), o que garante melhores saltos. “Eles usam demais as pernas, então desenvolver um treinamento que concilia força com hipertrofia (musculação) e coordenação motora já trouxe resultados. Hoje eles conseguem usar a força que têm muito melhor que no passado”, explica Alexandre.

Teste de esforço máximo no legpress
Os professores também realizaram um estudo a partir do teste de esforço
máximo no legpress (aparelho no qual a pessoa empurra peso com as pernas). Com uso de uma roupa especial que funciona como um espelho e rebate o infravermelho produzido pelo corpo de volta para o mesmo, atletas treinados e atletas que não tem um treinamento regular utilizaram o legpress até a exaustão para induzir lesão muscular na coxa. Neste teste, que ainda está em fase de conclusão, foram avaliados os marcadores de fadiga, como o ácido lático; e os marcadores de dano muscular, mioglobina e creatina quinase. Quanto mais o atleta sofre lesões, mais essas enzimas estão presentes no corpo.

“Notamos que, com o uso dessa roupa especial, tanto os atletas treinados
como os não treinados sentiram menos dor, sendo esta menor ainda no primeiro grupo. Se consigo melhorar a circulação, reduzir a dor e retardar a fadiga, consigo colocar o atleta para treinar mais tempo, sofrendo muito menos e com uma recuperação muito mais rápida”, conclui Alexandre.

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