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Biovia: assistencialismo e aprendizado caminhando juntos

08/02/2013

08/02/2013 09h52

Pressão arterial estava alterada para 34% dos atendidos pelo projeto. Foto: Mônica Rodrigues

PROJETO IDEALIZADO EM PARCERIA COM A ECOVIAS JÁ REALIZOU MAIS DE 1.000 ATENDIMENTOS

Extensas jornadas de trabalho são um dos principais problemas enfrentados por caminhoneiros. Passar grande parte do dia em rodovias pode afetar a saúde e também o psicológico desses profissionais. Pensando nisso, a Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, em parceria com a Universidade Metodista de São Paulo, lançou o projeto Biovia, que presta atendimentos de saúde gratuitos para os caminhoneiros.

As ações acontecem no centro de atendimentos, localizado no quilômetro 40 da pista Sul da Rodovia Anchieta, onde funciona o pátio de descanso para caminhoneiros. O espaço conta com equipamentos de diagnóstico e tratamento e os atendimentos são feitos por professores e estudantes da Faculdade de Saúde. Os alunos, sempre acompanhados por um docente, realizam atendimentos de acordo com a especialidade de cada curso:

• Biomedicina: exames laboratoriais teste rápido de glicose, glicose de jejum, hemograma, colesterol e frações, triglicérides.

• Ciências Biológicas: medição da emissão de poluentes e orientação sobre os malefícios para a saúde e meio ambiente.

• Farmácia: medição da pressão arterial e orientação quanto ao uso e armazenamento de medicamentos.

• Fisioterapia: medição de pressão arterial e realização de exercícios laborais com os caminhoneiros.

• Nutrição: avaliação do Índice de Massa Corpórea, orientação e programa de atendimento nutricional.

• Odontologia: exame clínico com encaminhamento se necessário, orientação sobre higiene bucal, promoção e prevenção de câncer bucal.

• Psicologia: atendimento individual com profissional da área.

O projeto já recebeu 688 caminhoneiros e realizou 1.069 atendimentos.
Os serviços acontecem de segunda-feira a sexta-feira, alternadamente
e por meio de mutirões mensais, a Ação Caminhoneiro, quando todos
são realizados no mesmo dia.

Para Daniela Bueno Chaves, aluna do 6º semestre de Biomedicina, a participação no projeto acrescenta profissionalmente e pessoalmente.“Aqui podemos aprender na prática, temos contato com essas pessoas, contato com a realidade, que é o que iremos enfrentar”.

Segundo a professora da Faculdade de Saúde Meire Cristina Pauleto, resultados parciais do projeto apontaram que 34% dos caminhoneiros apresentam alteração de pressão arterial, 86% estão com sobrepeso, 33% com glicemia acima do normal.

O caminhoneiro Plínio Vargas, 42, participou da última Ação Caminhoneiro e pretende voltar. “Aqui a gente já está no caminho, é onde passamos maior parte do tempo, então facilita muito”. Seu colega de profissão, Otoniel Batista, 35, elogiou a qualidade dos serviços. “Os motoristas de caminhão costumam ser relaxados em rela ção à saúde. Aqui a gente para, descansa, é bem atendido e ainda aproveita para se cuidar.”

Em relação a projetos futuros, Meire comenta: “Pretendemos colocar computadores com acesso a internet para facilitar o contato com a família. Além de aproximar e chamar a atenção dos caminhoneiros para a nossa ação, auxilia a resolver uma das principais queixas deles em consultas com a psicóloga, que é a solidão”.

O projeto retoma as atividades na última semana de fevereiro.

Paula Lima
paula.come@metodista.br

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