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Alunos atuantes

07/02/2013

08/02/2013 09h47

Alunos participam de curso no Aquário de Santos, uma das atividades da Semana de Medicina Veterinária realizada em 2012. Foto: Arquivo Pessoal

Entenda a importância de C.A.s, D.A.s e Atléticas e como participar de cada um

Aos nove anos, João Mancuso começou a acompanhar as sessões da Câmara de Vereadores de São Bernardo do Campo. No colégio, presidiu o grêmio estudantil e agora, na faculdade, está à frente do Centro Acadêmico XVIII de Abril, do curso de Direito. “Enxergo que esta é uma possibilidade de poder ajudar, de contribuir com o curso, pensando na qualidade dos profissionais que são formados pela faculdade.”

Ao contrário do que acontecia nos anos 60 e 70, em que os jovens se mobilizavam para lutar contra a ditadura, hoje, em outro contexto político, social e econômico, eles se organizam por diferentes razões, embora não com a mesma força de antes. E é na escola e na universidade que surgem boas oportunidades para se reunirem em prol deobjetivos comuns.

Se antes a juventude se organizava a favor da democracia, agora as discussões giram em torno do acesso às universidades, sejam elas públicas ou privadas; de iniciativas do governo, como o sistema de cotas; e da melhoria no ensino e na estrutura acadêmica. Exemplo disso é o C.A. mencionado acima. Em sua página no Facebook, registram que suas atividades foram retomadas em 2012, como “fruto do anseio dos

alunos do curso de Direito da Universidade Metodista de São Paulo, de refundar o antigo Centro Acadêmico XVIII de Abril com o intuito de buscar organizar e oferecer as melhores ações e decisões para o curso, com o compromisso real em somar forças para um direito mais efetivo”.

Pautado por essa proposta, foi promovida uma mesa-redonda com o senador Álvaro Dias e o deputado federal Protógenes Queiróz para discutir os aspectos jurídicos e políticos do “mensalão”. A intenção era aproveitar a atualidade do assunto para promover o debate e a reflexão entre os alunos.

 

João Mancuso explica ainda que a ideia é aproximar as pessoas e fortalecer o C.A. “Trabalhamos para sermos os ‘ouvidos’ para a melhoria do curso. Assim, podemos levar os problemas e também propor soluções para o colegiado [que é composto pelo coordenador do curso, representantes dos professores e dos estudantes].”

A coordenadora, professora Alessandra Zambone, enxerga a iniciativa dos
alunos de maneira positiva. “Verificar esse comprometimento com a vida acadêmica é algo que reflete o amadurecimento do curso. Além disso, o centro acadêmico é um importante canal de comunicação entre a coordenação, o corpo docente e os alunos.”

“Na minha visão, o C.A. é de extrema importância aos acadêmicos, pois se trata de uma representação dos estudantes, alguém que lute por ideias novas e objetivos a serem alcançados. Eu me envolvi porque sempre me interessei em poder representar as pessoas e estou muito feliz em participar desta equipe que só visa a melhoria do curso de Direito”, afirma Ana Cláudia Alves, do 5º semestre.

É também considerando a qualidade do curso que atua o Diretório Acadêmico de Medicina Veterinária Professor Dr. Vicente Borelli. Envolvido com o D.A. desde o 2º semestre, o presidente, Rodrigo Nieman, atualmente no 9º, menciona que a principal iniciativa é a realização da Semana Acadêmica – Samvet, na qual ocorrem de 100 a 120 palestras, englobando todas as áreas de Medicina Veterinária. A participação é
obrigatória e é revertida em créditos de horas complementares. “Mas hoje percebemos que eles participam mais pela
qualidade”, afirma. Para o evento, os estudantes convidam ex- alunos, profissionais de renome no mercado e professores internacionais, como André Shi, intensivista em UTI que leciona na Universidade da Flórida.

Já a Empresa Junior de Assessoria Veterinária (Emavet Jr.), entre outras ati vidades, coordena grupos de estudos mensais, divididos em pequenos animais, equinos, cirurgia, ruminantes e conversação de animais silvestres. Os alunos podem participar desde o 1º semes tre e fazer parte de quantos quiser. Para tanto, há uma mensalidade de R$ 7, cobrada de acordo com o número de grupos que o estudante integra.

Os temas abordados nos encontros são feitos pelos coordenadores ou por algum palestrante convidado. “No de cirurgia, sempre atrelo uma atividade teórica com uma prática, como acompanhar uma cirurgia da sala de conferência”, comenta Rodrigo Nieman, responsável pelo grupo de estudos de cirurgia.

Segundo ele, “os grupos de equinos e de ruminantes costumam fazer muitas visitas técnicas, dando assistência aos proprietários da região, sempre acompanhados por um médico veterinário responsável do Hospital Veterinário”.

Dentro da programação promovida pelo Centro Acadêmico Francisco Degni,
de Odontologia, a presidente Agda Portela destaca “a Semana Científica e a realização de diversas palestras ao longo do ano. Além disso, também fazemos o trote solidário, com campanhas de doação de sangue e arrecadação de materiais para alguma instituição beneficente. Para este ano, queremos contribuir com alimentos ou materiais de higiene”.

Oportunidade de fazer a diferença

“Quero deixar marcas na faculdade, agregar valores para mim e para os outros alunos.” Esse é o pensamento do estudante do 4º ano de Teologia e presidente do Centro Acadêmico John Wesley (CAJW), Carlos Alberto da Silva.

Movido pelo espírito de liderança, Carlos busca trazer sua visão como aluno para promo ver melhorias no curso.“Nós trabalhamos, num primeiro momento, nas que tões dos alunos junto à faculdade. Verificamos as dificuldades e fazemos a intermediação.”

O objetivo do centro acadêmico é realizar atividades de cunho acadêmico e
social. Em 2012, o grupo organizou três grandes eventos: o 1º Encontro Teológico do ABC, realizado na Metodista, com palestrantes de outras instituições; o 1º Concurso de Redação, com o tema “Terra e Humanidades Ameaçadas: Desafios do Cristianismo”, que contou com premiações
em dinheiro conseguidas por patrocínio; e um passeio ao Museu da Bíblia,
que contou com a participação de cerca de 30 alunos.

Em parceria com a Faculdade, também foi realizado o Dia do Seminarista, com eventos esportivos e culturais; e o Dia da Convivência, com a participação dos alunos em intervenções artísticas e shows de
talentos. Os eventos são realizados nas próprias dependências da FaTeo.

O trabalho do CAJW é feito por alunos do curso presencial dos períodos matutino e noturno. Entretanto, o grupo busca a integração dos alunos da Educação a Distância (EAD). No último evento que fizeram, o Concurso de Redação, alunos da EAD participaram e inclusive levaram prêmios.

“Esse diálogo aluno-faculdade é essencial para que os alunos dos polos se
sintam parte integrante da Faculdade de Teologia”, comenta o aluno EAD Marcos de Oliveira, que ficou com o 2º lugar no Concurso. “Eventos deste tipo despertam os alunos para a vida acadêmica, levando-os a superar a mera preocupação com a obtenção do diploma”, completa Marcos.

Para o próximo ano, o CAJW pretende realizar outras edições destes eventos. “Os alunos sentiam falta de atividades como essas, com diferentes visões, que é o que vamos enfrentar no mercado profissional. Hoje eles reconhecem nosso trabalho.”

E em 2013?
Enquanto os outros centros acadêmicos estão cheios de planos para este
ano, o mesmo não acontece com o C.A.Prof. Dr. Rogério Bellot, de Biomedicina.

Quando a equipe do JM entrevistou o presidente, Júlio César Oliveira, ele estava no final do mandato e mostrou certa preocupação com a continuidade do grupo. “São poucos os que participam, que
se envolvem”, comentou.

Júlio Oliveira explica que é uma das pessoas que participou da reorganização do centro acadêmico em 2012. De acordo com ele, a importância em se envolver nesse tipo de iniciativa “vai além da bagagem da faculdade. É uma experiência extra de administrar algo. Isso é muito bem visto para o mercado de trabalho e nos dá maturidade”.

Isadora Lopes, vice-presidente, reforça o papel do C.A.: “O centro acadêmico é de extrema importância para quem faz parte ou não dele. Entendemos a nossa profissão, podemos ir atrás de cursos, de coisas que os alunos querem; é uma oportunidade de ter contato e de conhecer quem são os alunos”.

Para o coordenador do curso, professor Isaltino Conceição, “o centro acadêmico é importante como órgão de representação estudantil,
referência para os alunos, além de proporcionar os benefícios que eles buscam trazer, como palestras”. Ele ressalta ainda que o presidente do C.A. “tem cadeira c tiva dentro do colegiado do curso [composto pelo coordenador, três representantes dos docentes e três representantes dos alunos], podendo colocar a sua opinião junto à coordenação e à docência”.

Júlio conta que foram realizados diversos cursos, palestras e a Jornada Acadêmica, principal evento, cujas atividades aconteceram durante três dias, dentro e fora do horário das aulas, com profissionais e professores convidados de outras instituições. “A ideia é trazer outros conteúdos que possam somar com o que aprendemos na faculdade”, afirma. Para ele, a questão social é também uma das formas de atuação do C.A. “Na

Jornada Acadêmica, em parceria com a nossa atlética, fizemos uma ação para incentivar a doação de livros para o GRAAC [Grupo de Apoio ao Adolescente e Criança com Câncer]”.A escolha para a nova diretoria está prevista para a segunda quinzena de fevereiro.

Atléticas

Frequentemente ligadas aos centros acadêmicos, as atléticas incentivam aprática esportiva, promovem festas e ainda costumam contar com as baterias. “Pautamos nossas atividades nesses dois pilares. O esporte, que é o sentido de nossa existência, e as festas, que além de possibilitar a estrutura do esporte, é aonde o aluno se diverte”, comenta
Marcelo Farinello, do 7º semestre de Relações Públicas, presidente da Associação Atlética Acadêmica Raí Souza Viera de Oliveira, mais conhecida como Caranguejo Metoloco.

Aproximadamente 35 membros fazem parte da Caranguejo, praticando futebol de salão, basquete, vôlei, handebol, tênis, tênis de mesa, futebol de campo e rugby. A bateria Makossa é presença constante nos jogos para agitar a torcida e apoiar os times. Em fevereiro, acontece a 1ª Copa Dezoitão, realizada pelo C.A. Dezoito de Abril. Um campeonato envolvendo
professores e funcionários também está sendo estudado.

Na mais recente edição do Dia da Universidade Aberta, a bateria se uniu à
Filarmônica Jovem Camargo Guarnieri. Confira o vídeo: http://on.fb.me/XhPvp9.

Como participar dos C.As.
No início do ano, os presidentes dos centros acadêmicos costumam passar nas salas de aula, informando sobre a existência do grupo e explicando
sobre o trabalho que fazem. É nesta ocasião a primeira forma de entrar em contato com o C.A. Outra maneira é por meio das páginas que possuem no Facebook. No caso do de Direito, a alternativa são os corredores, diz João Mancuso . “Sempre falamos que o coração dos acadêmicos pulsa mais
forte nos corredores.” Além dos centros acadêmicos citados na matéria, há outros, como o de Administração e Economia, o de Psicologia e o de Fisioterapia.

Gabriela Rodrigues e Paula Lima

gabriela.rodrigues@metodista.br /
paula.come@metodista.br

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